terça-feira, dezembro 15, 2009

Aziz+AC

Na última Fader há uma entrevista incrível. É o Aziz Ansari a falar, por e-mail, com os Animal Collective. E no fim há fotografias deles todos (os quatro Animal Collective, sim, o Deakin também entra, e o Aziz) em pequenos. É uma troca de e-mails com links de YouTube para malhas de rap/new jack swing/hip-house dos anos 90 e vídeos estranhos. Quando for grande quero entrevistar pessoas assim.

domingo, dezembro 13, 2009

Doismilenove

Tantos reis, tanto de memorável: o "I'm on a Boat", com os Lonely Island a fazer uma malha que é uma malha e mesmo assim é uma piada, é provavelmente a melhor canção do T-Pain e tem tanto e tanto de bom, tanto o vídeo quanto a música; o Danny McBride e a sua detestabilidade adorável como Kenny "Fucking" Powers (Eastbound and Down é a série do ano); o Aziz Ansari e a sua doce douchebaggery como Tom Haverford (menção honrosa para o enorme Nick Offerman como Ron Swanson, é criminoso o Parks and Recreation ainda não se ter estreado em Portugal); o Zach Galifianakis, o seu Ray Hueston (e o Ted Danson e o Jason Schwartzman, trio maravilha no Bored to Death) e o seu Alan Garner do Hangover que lhe deu a merecida fama após tantos e tantos anos; a ira da Jane Lynch no impressionante Glee (adoro estar a ver o High School Musical em bom e haver uma piada tão acutilante que me faz questionar se ainda estou a ver a mesma série), e a sua também merecidíssima fama (é das pessoas com mais piada no mundo inteiro, uma mente que diz as frases mais brilhantes com uma rapidez incrível, além disso também estava boa no Party Down – outro crime não ter chegado cá –, que infelizmente não a poderá ter mais por causa do Glee); o GANA e o CENA e especialmente o "És um fartote" d'A Pandilha na cena do Goodfellas, bem com incontáveis outros momentos destes tipos brilhantes que criaram sozinhos um mundo inteiro cómico e novo sem se parecer com nada do que veio antes, sem referências aparentes e com muita piada; os grunhidos do Clint Eastwood no Gran Torino; o Norberto Lobo, que me ajudou a ler imensos livros ("Do Alto da Faia" é enorme); o "Shine Blockas" do Big Boi com o Gucci Mane, que é tudo aquilo que eu queria na vida de uma canção rap e muito mais, inclusivamente o cowbell da TR-808 – acho que é o meu som favorito de sempre (obrigado ao Chico por me ter chateado com essa merda no eléctrico, ter-me-ia passado ao lado); o Panda Bear confundir estatuto social com coisas materiais; o episódio do Flight of the Conchords realizado pelo Michel Gondry (genial, e "Carol Brown" é das canções do ano); já que estou nisso, o Fernando Brito, depois de uma prestação maravilhosa e hilariante como director do hospital num dos melhores episódios d'Um Mundo Catita (não me canso de dizer que é das melhores cenas de sempre da televisão portuguesa) fez um general maravilhoso num vídeo passado durante O Artista Português é tão bom Quanto os Melhores na sexta no S. Luiz; o Bill Murray ter morrido duas vezes (uma boa, outra má, isto relativamente falando, já que o Bill Murray, um dos maiores tesouros mundiais, nunca deve morrer); o Seth Rogen ter emagrecido (e eu também, ainda mais que ele) e ter feito do Funny People algo tão especial (e sortudo, acaba por ficar com a Aubrey Plaza); a Jenny Slate no Bored to Death, tão pouco e tanto ao mesmo tempo (não tive tempo para apreciá-la totalmente no Saturday Night Live, a maior parte dos sketches aborrece-me de morte); os BlakRoc e o rap-rock, mas em bom; o Mos Def e o incrível Ecstatic; os Grizzly Bear em todo o lado; "Empire State of Mind" (era só uma questão de tempo até fechar um episódio do Gossip Girl, e já agora a menção do Cristiano Ronaldo no Gossip Girl também marcou imenso o ano); e tantas e tantas outras cenas.
Gostava de agradecer à Joana S. pel'O Wrestler, o Milk e o Vicky Cristina Barcelona (e todos os outros, mas esse foi o melhor), à Joana B. pela Valsa com Bashir (e pelo Rachel Getting Married, o David Byrne e o A-Trak), à Sara pelas Titan Thursdays, à Rita pelos Abraços Desfeitos, à Carin pelo segundo Gran Torino, à Sofia pelo Hangover (e todos os outros gloriosamente maus, especialmente o da Nia Vardalos – o facto de ela ter uma carreira é um ultraje para gregas com piada como tu ou a Tina Fey), à Ana pel'O Visitante, à Maria pelo Maxime e o pré-Maxime, a outros amigos (especialmente ao Jaco pelo Synecdoche, New York, ao Nel e ao Júlio e não me lembro de mais quem pelo Caos Calmo e ao Paco e o Afonso – e mais muitos outros – pelo Arena de Torres Vedras, os filmes bons e os maus, o K'Naan e o bowling) e a mim próprio por tantos outros. E a todos os meus amigos por tantas outras coisas (o Ilo e o Super Bock em Stock, ou o Ilo e o Mário e a festa da Time Out, por exemplo, ou todas as Joanas do mundo por tudo).
Esqueci-me de muita coisa e é triste ter morrido o Michael Jackson e o John Hughes (e muitos mais que agora não me ocorrem ou não me marcaram tanto), mas pronto, o mundo há-de ir ao sítio.

segunda-feira, novembro 23, 2009

Herman e expectativas

Quando era (mais) puto, lá por 1996 ou 1997, tinha a esperança secreta de que um dia a Herman Enciclopédia saísse em CD-ROM, tal como o genérico parecia prometer. Tinha tudo gravado em VHS, hoje em dia tenho os dois volumes em DVD. Não é a mesma coisa. Queria uma alternativa ao Encarta 96, à Diciopédia ou algo parecido.E agora já não vale a pena. O mundo mudou e ninguém se interessaria por isso.

quinta-feira, novembro 19, 2009

Sobre 2012

Acho que adoro praticamente todos os actores envolvidos em 2012 e acho que o Danny Glover devia ser mesmo presidente dos Estados Unidos.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Blakroc

A ideia por detrás da existência dos Blakroc, o novo projecto dos Black Keys com gente como o Mos Def, o Ludacris, o Pharoahe Monch, o RZA e imensa gente, é tão simples que até impressiona nunca ninguém ter pensado nela antes (especialmente o Mos Def, que falhou redondamente quando tentou fazê-lo sozinho): é rap-rock, mas em bom. Finalmente (e não, a era dourada da Def Jam e os OutKast não contam).

terça-feira, novembro 10, 2009

Chuck Lorre outra vez

Alguém comentou, a propósito do meu ódio pelo Chuck Lorre, o seguinte:

"VOCE EH IMBECIL SUA FDP? TWO AND A HALF MEN E A SERIE DE MAIOR SUCESSO ATUALMENTE SUA INGUA DE UMA PORRA.. ATE CONCORDO QUE THE BIG BAND THEORY SEJA UMA MERDA, NAO ASSISTO AQUILO NEM PELO CARALHO, MAS FALAR QUE TWO AND A HALF MEN NAO EH MANERO? VA ARRUMAR UMA PIROCA PRA TE SATISFAZER Q ISSO EH FALTA DE PICA NA BUCETA.

Obrigado pela atencao,
vitu"

Acabei de perceber que estava errado. Como pude eu ignorar a "série de maior sucesso actualmente"? O Chuck Lorre é um génio! Façam-lhe uma estátua.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Sim, eu vejo os Óscares

E depois do indescritível e basicamente pior de sempre Hugh Jackman, Steve Martin e Alec Baldwin vão apresentar a cerimónia conjuntamente. Às vezes o mundo é um sítio tão bonito, meninas e meninos.

segunda-feira, outubro 26, 2009

Buraka Som Sistema na New Yorker

Depois de várias menções no blog dele, o Sasha Frere-Jones – que eu sigo quase religiosamente – escreve sobre Buraka Som Sistema na New Yorker.

sexta-feira, outubro 23, 2009

Assustador

O Greg Tate, num texto do Village Voice sobre o Michael Jackson quando este morreu há uns meses, lançava uma hipótese que é algo assustadora:

The scariest thing about the Motown legacy, as my father likes to argue, is that you could have gone into any Black American community at the time and found raw talents equal to any of the label's polished fruit: the Temptations, Marvin Gaye, Diana Ross, Stevie Wonder, Smokey Robinson, or Holland-Dozier-Holland—all my love for the mighty D and its denizens notwithstanding. Berry Gordy just industrialized the process, the same as Harvard or the CIA has always done for the brightest prospective servants of the Evil Empire.

Ontem, no Guardian, numa peça sobre o Numero Group – fiquei com imensa vontade de, quando tiver dinheiro, comprar a tal última compilação de luxo que sai agora dessa editora de reedições obscuras –, o Simon Reynolds fala do mesmo:

The music industry is a harsh, cruel business at the best of times, but it seems particularly so in black music if only because – from Detroit, MI to Kingston, Jamaica to Bow, E3 – there is such an overflowing wellspring of talent that it can often seem arbitrary who gets to succeed and who never gets the break. So many of the groups unearthed by Numero are only a notch away from being Booker T and the MGs, or the Temptations, or Martha and the Vandellas.

At the same time I can't help wondering if it makes sense for someone like me to spend time on historically marginal music when I've yet to "do" Ray Charles or Sam Cooke, i.e. incontestably epochal artists in the history of American music. As the series expands (Smart's Palace is the eleventh) Shipley acknowledges feeling "a bit of fatigue with Eccentric Soul … they do become variations on a theme. It's the same story: black musicians facing the same problems." The inexhaustible wellspring of black musical creativity can be … well, exhausting.


Talvez seja por isto que há muita gente racista. Por falta de tempo e paciência.

Michael Ian Black, deprimido

Pode estar a gozar ou a falar a sério, mas o Michael Ian Black tem dois posts incríveis sobre a depressão dele no seu óptimo blog. Como é que alguém que pertenceu ao The State e pertence a Stella – não gosto muito do Michael and Michael Have Issues – pode ser cronicamente deprimido? É muito triste, mas bem escrito e até me faz rir.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Ali boma yé

O arquivo inteiro da revista Life até ao final de 1972 está online. Calha bem, porque nas últimas semanas procurei, em vão, esta edição de 1971 cuja capa é a Fight of the Century, o primeiro combate entre o Muhammad Ali e o Joe Frazier no Madison Square Garden. Ali perdeu, mas viria a ganhar os dois combates seguintes. O texto, chamado Ego, é do Norman Mailer e algumas das fotografias são do Frank Sinatra, daí o meu interesse. Anos depois o Mailer viria a escrever The Fight, sobre o Rumble in the Jungle, quando o Ali ganhou ao George Foreman no Zaire e voltou a ser o campeão (foi ao ler esse livro que surgiu o meu interesse, "Ali boma yé" era o que se gritava em Kinshasa, algo como "Ali mata-o", o que fica mal para título de post porque o Ali perdeu este combate específico). Sempre pensei que o Frank Sinatra não tivesse conseguido bilhetes bons para a luta, e por isso é que tinha ido como fotógrafo. Mas, segundo o editorial, ele já tinha bilhetes e planeava tirar fotografias, a Life é que lhe pediu para ver algumas delas e publicá-las. Três campeões, uma boa maneira de estrear este arquivo.

Aborrecimento #2

Mais que isso, dou por mim com a canção do genérico do Bored to Death na cabeça. Já não me acontecia desde o 30 Rock.

Aborrecimento

O Gene Siskel – diz o Roger Ebert, que eu não tenho idade para saber quem era o Gene Siskel – perguntava várias vezes: "Is this film more interesting than a documentary of the same actors having lunch?" E às vezes não era. Bored to Death podia perfeitamente ser assim. Quer dizer, é o Jason Schwartzman com o Zach Galifianakis e o Ted Danson – já tive sonhos parecidos que a Igreja nunca aprovaria –, e, independentemente da premissa, eu veria qualquer que fosse o projecto em que estivessem os três envolvidos. Sem sequer pestanejar. Ao princípio foi isso que fiz.
Há tantas séries e tantos filmes que prometem, pelo elenco, pela gente envolvida, pela premissa, e depois vê-se e não são nada de especial. Sim, sei que sou culpado por demasiada excitação por projectos que depois não dão em nada, ou que dou veredictos demasiado cedo, sem me saber proteger de futuros fiascos. Mas desta vez tudo correu bem. Depositei a minha fé em algo e foi recompensado.
Nem sempre foi assim. A princípio, passei dois episódios a ver bons diálogos, boas piadas, mas sem eu querer saber muito da série. Um escritor não consegue escrever o segundo romance e põe um anúncio no Craigslist para ser detective privado, isto depois de reler um livro do Raymond Chandler. Ainda por cima a namorada acabou com ele. Então começa a receber, na parte kitsch da coisa, quase a imitar o fumo e as mulheres que entram no escritório dos detectives dos film noir e o caraças, clientes e a resolver os casos. Sempre com medo, cheio de neuroses e sem grande auto-confiança. O que, sim, admito, é uma boa ideia, mas consegue esgotar-se em poucos minutos.
Mas chega o terceiro episódio e nem sequer há um caso. Nada disso. Há um episódio que, do início ao fim, é brilhante. E passo do gostar muito ao adorar em segundos. Tem o Jim Jarmusch a fazer dele próprio, o cabelo do Jim Jarmusch, o Jim Jarmusch a andar de bicicleta num loft e a falar com o Ted Danson (o cabelo deles é tão bonito e parecido, até a própria personagem do Danson diz que o Jarmusch tem óptimo cabelo). Quase que me fez perdoar o aborrecimento que foi o último do Jarmusch (duas horas a fazer exactamente o mesmo para no fim ir matar o Bill Murray?). E duas ou três frases memoráveis, como a do pai da miúda menor que o Schwartzman quase leva para a cama: “Lives don’t change, we simply become more comfortable with our core misery, which is a form of happiness."
Param-me na rua – porque sabem que eu gosto desta gente, e na verdade só aconteceu duas vezes e só foi na rua, ninguém me parou propriamente assim do nada – e perguntam-me se tenho visto Bored to Death, e todos concordamos que o terceiro episódio foi brilhante. E foi. E é pouco provável que algum dos próximos episódios seja tão bom. Entre a parte do detective privado, kitsch, tosca, até quase banal e ridícula, está tudo cheio de referências a alta cultura, livros e filmes e o caraças, mas não é preciso conhecê-las para rir ou gostar daquilo, só para atingir certas piadas (no episódio de ontem a personagem do Danson diz que as revistas do Jann Wenner começaram a vender quando ele se tornou gay). E acho que, à custa da série, vou comprar um ou dois livros do Jonathan Ames, o tipo que a criou e que dá o nome à personagem do Schwartzman.
Acredito que aquilo de que mais gosto, que me diz mais, tem um bom balanço entre coração e piada. É isso que procuro em tudo, quer seja no que faço ou no que vejo. Não é sempre assim. Mas às vezes gosto de coisas que só têm um). E dou por mim a querer saber desta gente toda, e não só da personagem do Zach Galafianakis (por razões óbvias de identificação). Mesmo que, à partida – e especialmente a personagem do Jason Schwartzman –, aquela gente pudesse ser demasiado estilizada para querermos saber deles. A saber mais ou menos o que que tipo de coisas é que dizem, que pensam, as ideias estranhas e até doentias do Danson e o do Galafianakis, por onde é que podem surpreender, etc. Isso, para mim, é boa escrita. Se houver umas piadas pelo meio, ainda melhor. Há isso tudo aqui, e é por isso que as minhas segundas-feiras ganharam um ritual.

sexta-feira, outubro 09, 2009

Big Baby Jesus


Obrigado, pessoa que colou esta imagem do Ol' Dirty Bastard pela Baixa, por alegrares os meus dias e noites. Se te identificares e me provares que foste tu pago-te uma imperial um dia destes. Aposto que ele, se não tivesse infelizmente falecido, também te pagaria uma imperial, ou dar-te-ia um bafo de crack ou algo parecido. Ou talvez ele apenas diria "I'll fuck yo' ass up" por andares a espalhar a imagem dele por aí. Nunca saberemos. Só sei que te tenho de agradecer alguns sorrisos que me provocaste.

domingo, setembro 27, 2009

Medo

O Rodrigo Guedes de Carvalho tem uma barba. Deixou-a crescer por causa das eleições, de certeza. Só para se parecer com o Wolf Blitzer. O meu medo é que apareça aqui no meio o will.i.am por holograma.

sábado, setembro 05, 2009

X-Tiano parte 2

Não fui só eu que fiquei excitado com o X-Tiano no Gossip Girl. Até na América repararam. O Pete L'Official escreve sobre isso no blog do Hua Hsu.

quarta-feira, setembro 02, 2009

OMG X-TIANO!!!

Portuguesas e portugueses:

Chegámos ao nosso auge como país. Somos finalmente alguém no mundo. Somos gente. Como? Agradeçam ao nosso Cristiano Ronaldo.



Aqui está a prova. É a antevisão de uma cena da terceira temporada do Gossip Girl. E porra, a Blair vira-se para a Serena e diz que sabe que ela fez o Cristiano Ronald no Verão. Incrível, não é? Chegámos ao Gossip Girl. Os americanos adoram-nos. Tudo começou com as modelos portugueses no blog do Kanye West, depois veio a Paris e o X-Tiano, e agora ele é mencionado no Gossip Girl. E uma das personagens tem um caso com ele. Não é magnífico? Nunca tive tanto orgulho na minha nação como neste preciso momento e achei que devia partilhar isto com toda a gente que lê o meu blog e não, não vou dizer "com todos os três" porque parece sempre ser uma piada auto-depreciativa com imensa piada mas, tipo, porra, toda a gente do mundo já fez esta piada uma vez na vida e qual é a ideia de estar sempre a repetir as piadas dos outros, mesmo que tenha imensa piada, percebem, é porque ninguém lê o blog, a sério, percebem, estão a ver, estou a gozar com o facto de o blog ter pouca audiência, mas a verdade é que tem mais piada quando se está a falar de um meio muito mais lido ou visto ou assim, desta maneira não tem grande piada, e é basicamente por isso, e por medo da falta de originalidade, que não faço a piada, estou a brincar, não tenho medo nenhum da falta de originalidade, é só que acho estúpido estar a repetir essa piada que tanta gente má já fez, porque há gente por aí que diz piadas e não tem piada nenhuma, e não, não vou dizer "eu também não tenho" porque também seria um bocado a mesma coisa, o importante é que o X-Tiano comeu a Serena e que se fala sobre isso, porra, ele é mencionado no Gossip Girl, acho que alguém devia fazer um poster ou no mínimo tirar uma fotografia a este momento e emoldurar na parede dos grandes feitos do povo português em Portugal e no mundo, mas pergunto-me a mim próprio se terá sido antes ou depois da gripe que ele teve porque não quero que a Serena Van Der Woodsen apanhe doenças, coitada, menina, abafa-te que vem aí o frio e depois ficas doente e não quero que estejas doente, tens festas para onde ir e um pára-arranca amoroso com o Dan Humphrey para viver, por favor não adoeças porque não gosto de te ver mal.

xoxo,
Rodrigo

terça-feira, setembro 01, 2009

Hoje

O dia de hoje pode ser resumido em apenas três magníficas letras: "H", "O" e "V". Porque não há mais nada. Mesmo mais nada.

Quem eu sou

Tenho imenso entusiasmo por tudo. Não tenho qualquer tipo de filtro. Tudo aquilo de que falo vai mudar a tua vida. Acredita em mim.

sexta-feira, agosto 07, 2009

John Hughes

Nem quero acreditar. Ligo-me à internet para ver o meu mail e descubro que o John Hughes morreu. Pode ter escrito o Sozinho em Casa, o Beethoven e o caraças, mas isso entreteve-me quando eu era pequeno, apesar de hoje em dia não ter paciência nenhuma. Mas escreveu (e realizou) alguns dos melhores filmes de adolescentes de sempre (se tiver de pensar assim por alto, o Ferris Bueller's Day Off é o meu favorito) e fez-me muito feliz muitas vezes. Além de ter sido uma influência enorme na malta toda desta década em que eu insisto obsessivamente. Estou demasiado transtornado para fazer mais sentido ou sequer escrever mais. O meu herói morreu.

quarta-feira, julho 15, 2009

Alive

Foi mais ou menos assim. Para um texto (só um bocadinho) mais sério, ver a Time Out desta semana, hoje nas bancas.

segunda-feira, julho 13, 2009

Dane/Raaaaaaaandy

Mais Raaaaaaaandy. Agora é um documentário. Como é que o Dane Cook vai continuar a ser respeitado nalgum lado depois disto continua a ser um mistério, mas idiotas como ele vencem sempre, por isso é esperar para ver. É porreiro que a trupe Judd Apatow tenha tomado conta da comédia e tenha sucesso. É o triunfo de gente mais ou menos decente (ou que pelo menos parece, quero lá saber do resto) com piada. Algo que o tipo nunca terá. Continuará apenas a debitar o mesmo humor vazio e piadas que não são piadas, são só um testemunho de como o gajo é o maior do mundo (na cabeça dele). Mesmo que o Mike White diga que aquilo passou da comédia daqueles que levam porrada para a comédia dos que dão porrada, isso não é verdade (e o Mike White, mesmo que muito bom, é completamente passado dos cornos e só deve estar triste por não ser incluído nos projectos). E serve para resumir as personagens: o Adam Scott a fazer de irmão do Will Ferrell no Step Brothers é caracterizado como um douchebag porque, entre outras coisas, é fã do Dane Cook. Um promenor tão simples e tão eficaz. "É fã do Dane Cook? Idiota de merda." Provavelmente o Dane Cook não tem piada porque nunca teve de ter piada na vida. Olha-se para o Seth Rogen, para o Jonah Hill ou mesmo para o Jason Segel e percebe-se logo por que raio é que eles tiveram de desenvolver um sentido de humor brutal. Olha-se para o Dane Cook e percebe-se por que é que ele é um idiota de merda. Mas depois como é que se explica o Paul Rudd e o Adam Scott terem piada? Com aquelas carinhas nunca tiveram de ter. Mas têm. Porque se esforçaram. O Dane Cook nasceu, venceu, ficou famoso, venceu mais, e é um nojo. O marketing viral à volta deste filme é tão bom, mas tão bom, que espero mesmo que o filme valha a pena. Por falar em marketing, gosto das entrevistas do Sacha Baron Cohen à volta do Brüno e de tudo isso, mas o filme falha redondamente. Ri, mas não tanto como o Hangover (e não é só pelo Zach Galifianakis) e saí de lá a pensar em como aquilo não tinha propósito nenhum. Não servia para nada. Esperava algo que crucificasse para sempre a homofobia. Mas não. Ele mal pega nisso. Tal como o Borat (que tinha, lá no meio, algum propósito), é um filme falhado que não tenho vontade nenhuma de alguma vez rever. E eu revejo obsessivamente muitas comédias. E eu gosto do Sacha Baron Cohen, do programa do Ali G (do inglês e o americano). Em filme é que não, obrigado.

Beethoven 2

São quase três da manhã e está a passar o Beethoven 2 na TVI. Isto não é uma piada. Alguém lá na TVI está a rir imenso à custa disto. Só pode.

domingo, julho 12, 2009

And that's the double truth, Ruth

O Ghostbusters como melhor filme do mundo. No Times. Totalmente verídico. Algo tão puro, tão bonito e tão mágico. Lembro-me de provavelmente a minha citação preferida do 30 Rock, quando o Jason Sudeikis mente à Tina Fey e lhe diz que consultou um médico, o Peter Venkman. Ela depois percebe que ele está a enganá-la e proclama: "You used Ghostbusters for evil!" Que é algo que não se faz. Nunca. Pegar em algo tão inocente e intocável e usar para o mal é muito feio. E, claro, devia haver uma estátua do Bill Murray em cada sala de aula e blá blá blá blá blá, maior de sempre, blá blá blá, um génio, blá blá blá, não falha uma no filme, blá blá blá, etc.

sexta-feira, julho 10, 2009

Alive

Estou a cobrir o Alive (textos seguir-se-ão mais para a semana noutros sítios) e fico sempre cheio de pena que os TV On The Radio nunca dêem concertos à altura deles em Portugal. O problema é sempre o som, é tramado misturar aquilo bem e eles precisam de alguém que esteja uma tarde inteira com eles a tratar daquilo, o que é impraticável num festival. Mais: no texto de antevisão do Jorge Manuel Lopes (uma referência, um mentor, um patrão – literalmente – e alguém a quem devo muitíssimo) para a Time Out, falava-se do facto de eles terem bons discos e acharem que a música boa já estava toda feita e não era preciso inovar mais nada. A minha ideia deles – e aquilo de que sempre gostei neles, já há cinco ou mais anos – é justamente a contrária. Não vejo, tal como ele, uma necessidade neles de emular a fase de Berlim do David Bowie, nem sinto nada disso. Uma das primeiras coisas que escrevi neste blog, há três anos, foi algo como "On The Radio são a melhor banda de pós-punk da actualidade, por muitas razões, sendo a maior delas não quererem soar ao que soavam as bandas de pós-punk canónicas." (ou foi mesmo isto). E ainda concordo com isso. Parece-me mais um dos ódios de estimação do Jorge do que outra coisa qualquer: até os compara ao Beck, outro ódio de estimação que não compreendo (cresci a ouvir o Odelay, e "unfuckwithable" é uma expressão que associo ao trabalho deles nesse disco e no Paul's Boutique dos Beastie Boys).

Singular mais uma vez

Mais um Singular (não tem havido espaço). Notas: outra grande remistura do Fred Falke é a da "Two Weeks" dos Grizzly Bear (acho até que gosto mais do que esta); na "D.O.A." não é um violino, é um clarinete (ou por aí, o som é demasiado parecido com o de um violino mas é claramente de sopro, algo que me escapou quando escrevi o texto com aquilo na memória e devia ter confirmado) e cada vez gosto mais do raio da canção, o texto foi escrito pré-vídeo, e apesar do gozo todo aí pelos blogs, é um vídeo cheio de pinta (e, porra, tem o Harvey Keitel a meio, num cameo totalmente aleatório, e também tem o LeBron James).

The Gossip - Heavy Cross (Fred Falke Remix) Pretty Much Amazing

Agora que já toda a gente percebeu mais ou menos que uma "nova canção" dos Gossip é igual a todas as antigas, é nas remisturas que a coisa aquece. Esta é de Fred Falke, que tem assinado remisturas irrepreensíveis sempre que basicamente põe os dedos nalguma canção. É capaz de ser menos dançável que o original, mas é melhor, mais foleira e mais espacial, com sintetizadores, guitarras e baixos usados num contexto totalmente diferente daquele que surge nos Gossip. É assim que se transforma o banal em sublime.

Jay-Z - D.O.A. (Death of Auto Tune) OnSMASH

Jay-Z proclama a morte do auto tune, o efeito que, usado sob certos parâmetros, transforma as vozes dos cantores em algo quase alienígena. Não que isso signifique muito, mas como nas suas melhores canções, Jay-Z consegue convencer-nos de que o que está a dizer é realmente importante. E sobre um instrumental magistral, com guitarra e violino tirados de um disco de jazz-funk-psicadélico e realmente bem usados. Um épico, e Jay-Z também canta (sem auto-tune infelizmente) para marcar a sua posição, num desafinanço sem a graça dos dois mestres do cantar mal em rap: Biz Markie e Ol' Dirty Bastard.

Táxi - Não sei se sei MySpace

Por um período nos anos 80, os maiores êxitos pop portugueses eram pastiches dos Police. O melhor dos Táxi insere-se nesse contexto. "Não Sei se Sei" é o single que traz os rapazes de "Chiclete" de volta ao activo. E de Police não tem nada (leia-se "Jamaica aqui não entra"). Pop-rock sub-Xutos & Pontapés. Os Táxi nem se vestiam mal nos anos 80, mesmo tirando o desconto de ser os anos 80. Hoje em dia vestem-se terrivelmente mal. E não é só da roupa que se fala.

quarta-feira, julho 08, 2009

Nothing'severgonnastandinmyway(again)

Não consigo pôr aqui, mas eis um novo trailer do Funny People. Porra, Wilco do Summerteeth na banda sonora? Judd Apatow, acho que te amo.

domingo, julho 05, 2009

O bigode

Já não é só coisa para agentes da autoridade, mulheres transmontanas e gente que vive nos anos 70. O bigode está de volta. Por todo o lado. Há meses, a secção de estilo do New York Times declarou este regresso. Brad Pitt aparece de vez em quando com um desde Dezembro e vai aparecer com ele em Inglourious Basterds, o novo filme de Quentin Tarantino. George Clooney também é rapaz para, volta e meia, aparecer aí com um. James Franco tinha um em Milk – onde fazia de homossexual, o que prova que o bigode não escolhe orientações sexuais e por todo o lado se vê homens a deixar de ter medo de usar bigode. Contudo, não é fácil, de todo, é preciso ter coragem. Mas parece estar a formar-se uma geração sem medo do bigode. Será que é desta que o mundo vai mudar?

Em Dezembro decidi deixar de fazer a barba durante uns tempos para deixar crescer um bigode. É complicado deixar um bigode crescer por si só. É até um pouco ridículo. Deixada crescer a barba até um tamanho aceitável e notável de bigode – passei uns meses a explicar a quem me perguntava se estava a deixar crescer a barba outra: "Isto não é uma barba, é um futuro bigode." –, fi-la. E deixei os pêlos por cima do lábio. Não foi a primeira vez, não há-de ser a última. Durou um mês. Esta é a história do meu bigode, um apetrecho tipicamente português que a minha geração, em geral, achou por bem ignorar. Há aquelas vezes em que, ao espelho, se deixa por graça. Quase não passa disso.

É capaz de ser um mal da nossa sociedade. Não há grandes exemplos em termos de bigodes. Algumas pessoas velhas têm um, mas não muitas. Se todos os dias fossem vistas pessoas com bigode na televisão, talvez o nosso país tivesse mais bigodes mais jovens. Existem telenovelas e séries com homens relativamente novos com bigode. Durante alguns anos, o trovador JP Simões envergou orgulhosamente um farto bigode. Ainda o faz de vez em quando. Há uns anos, dizia-me o próprio que corria o risco de deixar de ser um homem para ser um bigode. Isso e começou a ver nele restos de sopa juliana e começaram a crescer lá cogumelos.

Sempre que deixo crescer um bigode, a minha mãe solta um "ai meu Deus!" muito alto cada vez que me vê. As pessoas na rua têm sempre reacções diferentes. Há senhoras de idade que olham para mim e pensam, com nostalgia, nos tempos em que os homens usavam bigode. É um serviço que lhes presto: um jovem com bigode. Uma espécie de máquina do tempo. Mas no meio da rua. E sem terem de pedir. Sem sequer agradecerem. De nada. Sinto alguma cumplicidade nos olhos de taxistas e empregados que também têm bigode. É a maravilhosa partilha do bigode.

É sempre um tema de conversa. Se não há grande assunto a tratar, se a comunicação teima em não sair muito bem, não faz mal. Basta chamar a atenção para o bigode – talvez inserir a expressão "o meu bigode" numa frase ou afagá-lo carinhosamente – para haver logo pano para mangas. É certinho.

Também há, claro, quem não aprove. Muitas mulheres ainda não perceberam o quão especial pode ser um bigode. Colegas de trabalho e até amigos também não. Eventualmente toda a gente se habitua. A pior reacção é aquela de gente que, me conhecendo, diz olá, dá um passou-bem e nem repara no bigode. Essa sim, ofende. Porque mostra que há quem me cumprimente sem me olhar nos olhos.

Nasci em 1986 e não existe muita gente no mundo que tenha nascido na segunda metade dos anos 80 e tenha, ainda hoje, um bigode. Um bigode a sério, sem ser irónico. Toda a gente tem um bigode quando tem 10/11/12 anos, dependendo de quando chega a puberdade, e ainda não descobriu as lâminas de barbear. É um simples "buço", há quem tenha mais, há quem tenha menos. Depois fica mais forte e há uma barba inteira envolvida. E, a não ser que se seja realmente latino, especialmente mexicano – lembrar a personagem Pedro de Napoleon Dynamite ou o protagonista de Wassup Rockers de Larry Clark para perceber que acontece muito manter o buço para a vida inteira –, ou asiático – ver Gran Torino, de Clint Eastwood, com um adolescente e um pós-adolescente com pilosidade facial semelhante – é preciso começar a fazê-la. Ou deixá-la crescer.

Em geral, pessoas com pele mais escura podem usar um bigode sem a sociedade olhar para elas de lado. Eddie Murphy tinha 21 anos em 1982, quando lançou 48 Horas. Nunca ninguém teve tanta pinta. Nem o próprio, que manteve a pinta e piada durante uns anos mas é hoje em dia um farrapo humano. Com ou sem bigode. Colegas brancos de Murphy do Saturday Night Live, anos antes, usavam bigode. Dan Aykroyd e Bill Murray, que viriam a ser grandes estrelas fora daí, eram exemplos disso. Mas corria a década de 70 e um bigode ainda era aceitável em qualquer idade. Murray, por exemplo, tem usado, e bem, o bigode nos últimos anos. Muitos dos papéis da sua mais recente encarnação como homem à beira de uma depressão de meia idade constante são com bigode. Até emprestou a voz a Garfield (no mundo felino não só é aceitável ter bigode como também é obrigatório). Mas há que perceber que este é um homem que já passou a barreira dos 50. A partir dos 50 qualquer bigode é aceitável. Há quem diga que é antes. E é. Mas 50 é a barreira mais segura, se se quiser ter a certeza absoluta.

Normalmente é mais fácil manter apenas um bigode do que uma barba inteira, há quem tenha vários espaços sem pêlos. Ou seja, o bigode é democrático. Pode ser uma experiência partilhada. Todos os homens podem ter um. Mais pequeno, maior, menos grosso, mais cuidado, mais selvagem. Há-os para todos os gostos. Farfalhudos. Fininhos. Grossos. Selvagens. Aparados ao mais ínfimo pormenor. À jogador da bola. À treinador da bola. À Clark Gable. À Lemmy dos Motörhead (funciona melhor com um sinal grande na cara). Há para todos os gostos. Só há, porventura, um que não é, em caso algum, aceitável. É o "Hitler". Um senhor chamado Adolfo estragou-o para sempre (consta que antes era bastante popular). Há quem tenha de fazer Hitler em peças ou filmes, mas é recomendável adiar a vida social durante uns tempos nessa altura. Só casa-trabalho e trabalho-casa, da forma mais escondida e menos pública possível.

Acima de tudo, ter e especialmente manter um bigode é uma questão de atitude. Nada mais que isso. É conseguir transmitir, através de uma expressão facial, a pergunta "sim, eu tenho um bigode, deixei crescer isto, não vai sair daqui, tens algum problema com isso?" É ser convincente. Não se pode desesperar ao primeiro sinal de resistência da parte das pessoas. É preciso ir em frente. Remar contra a maré. Saber que é algo masculino (e, nalguns casos, feminino). Que faz parte de todos nós. Basta acreditar nele, por mais forte ou fraco que seja.

Nota: Às vezes tenho ideias estúpidas. No início do ano deixei crescer uma barba com apenas um objectivo em mente: fazê-la e deixar o bigode. Esperei um mês, hoje em dia arrependo-me e acho que devia ter esperado dois meses (o bigode é muito mais consistente). Deixei-o ficar um mês, também. Será que tenho uma obsessão pouco saudável com pilosidade facial? Na altura escrevi este texto. Não foi publicado em lado nenhum (eu bem tentei, ninguém o quis, vá-se lá saber por quê). Mas decidi publicá-lo aqui. É muito, muito estúpido, como o era o próprio bigode, apesar do registo menos livre que o que uso aqui normalmente. Prometo que um dia ganho coragem e experimento usar um bigode à Hitler durante uma semana. Depois escrevo sobre isso, se a experiência não resultar no meu homicídio.


quarta-feira, julho 01, 2009

RAAAAAAAAAAAAAAANDY

O site do Randy, a personagem do Aziz Ansari no Funny People do Judd Apatow, é magnífico. Continuo a dizer que alguma parte dele é baseada no Dane Cook (pior de sempre) e por isso ainda me rio mais com ele. Um douchebag dos maiores que há. E há vídeos dele. Magníficos. O primeiro stand-up comedian de sempre a ter um DJ/hypeman. RAAAAAAAAAAAAAAANDY.

sexta-feira, junho 26, 2009

Unfuckwithable

Nos anos 80 esta expressão aplicava-se a duas pessoas. Michael Jackson e Eddie Murphy. O último gozava com o primeiro no épico Delirious (obra-prima que este ano comemora 25 anos, apesar de ter 26; o fato de cabedal vermelho, porra), quando iniciou a moda de dizer "talvez aquele gajo não seja propriamente o tipo mais másculo do mundo." Depois ficaram os dois amigos. E depois perderam-se (será que teve alguma coisa a ver?). Os dois. Um deles morreu. Espero que o outro não. Porque sentia que ainda havia um regresso dentro dele. Algo que podia fazer do mundo um sítio melhor (não confundir com "heal the world, make it a better place"). Que voltasse a torná-lo unfuckwithable. Intocável. Fica a esperança que o outro regresse um dia ao nível. Vá lá, Eddie, pelo Michael.

quinta-feira, junho 18, 2009

Hey, everybody! It's Bob and David!

Excerto de uma entrevista de Bob Odenkirk e David Cross:

BO: I’m sorry we dicked around so much, but David and I can’t help ourselves. We’ve done so many interviews. The minute you get serious, you just feel embarrassed. When you asked if we were gonna work together in the future, what could we say? There has to be a buyer who wants us. And as much as we have fans, clearly nobody likes us well enough to make a show with us. They’ll all have a meeting with us, but even HBO doesn’t want to have a show with us.

D: You guys have another show idea?

BO: Yeah, we do, actually. We pitched it. We went to Showtime and HBO. It’s a progression of Mr. Show. When we wrote Mr. Show, we would write sketches and then we would link them up. We wrote sketches that came out of a sense of story. So we want to do that show now. It would still be like Mr. Show, but the sketches wouldn’t be constructed separate from each other. It would be a fundamentally different show because of that.

D: So you pitched it around?

BO: We did, and basically everyone said, “Oh, we don’t have any money right now. Come back next year.” It’s always been this way. It’s always been difficult for us because we have fans. We even have fans at networks—at HBO and Showtime—but it’s just not good enough. I think the hard part is the bosses at those networks have never been fans of ours. They’ve never really watched us or known who we were or given a shit. So the problem is even if the lower-level executives like you, they can’t order shows. They just act like they can.
I’m pitching a show that’s just for me, and you would think, "Wouldn’t that be even harder to make happen because you don’t even have David with you?" But actually it’s got a real strong idea to it, and I think it’s actually easier to make happen.


É um mundo em dois g-é-n-i-o-s não conseguem o seu próprio programa de televisão. Perde-se tanto. Tanto.

quarta-feira, junho 17, 2009

Singular outra vez

Acabadinho de fazer mais um que só sai para a semana (e que, por isso, só aparece aqui daqui a duas semanas), aqui fica o da semana passada que deixa hoje de estar nas bancas:

Miike Snow - Animal Spinner

"Toxic", de Britney Spears, é sem dúvida uma das melhores canções dos anos 2000. Até os detractores de Britney e da (sua) pop admitem que há ali algo de muito especial. Muita da culpa disso é da dupla Bloodshy & Avant que a produziu. Que agora, com Andrew Wyatt, perfazem os Miike Snow. "Animal" só é possível num mundo pós-Vampire Weekend, onde um balanço jamaicano não é vergonha na pop. É um pouco Police, sem um lado tão rock (e sem uma banda propriamente dita), mais sueco e mais actual.

Dizzee Rascal e Armand Van Helden - Bonkers YouTube

É mais um número para Dizzee Rascal, o menino-prodígio do grime que só no ano passado chegou ao top britânico. Na altura foi "Dance Wiv Me", com Calvin Harris a seu lado – tema excelente que os puristas continuam a injustiçar. Agora é Armand Van Helden, o maior hip-hopper do mundo da house, que o ajuda a criar um êxito. Numa época em que a distorção e a compressão francesa são o novo rock'n'roll (via Justice e quejandos), "Bonkers", com o toque particular de Van Helden, fica mesmo em casa. Rascal, como sempre, cospe fogo por cima da batida.

DJ Ride - Beat Journey YouTube

"Beat Journey" é a espécie de single tirado do EP com o mesmo nome que saiu pela Optimus Discos. Com relativa calma, junta uma linha de baixo pungente, dezenas de batidas diferentes, samples de vozes, sirenes, sintetizadores dos anos 80 e chocalhos como se se tratasse de "Peter Piper" dos Run DMC. E é um exercício de corte e colagem (com elementos originais) digno de um DJ Shadow. Ou não fosse DJ Ride – apesar da insistência no drum'n'bass – um dos mais excitantes produtores/DJs de hip-hop português a aparecer por aí recentemente.

segunda-feira, junho 15, 2009

Gostar de bandas de amigos é estúpido

Só que a banda nova do Afonso é fenomenal (e a barba do Salvador, que não está no seu esplendor máximo naquelas fotografias, é magistral). You Can't Win, Charlie Brown. O que me impressiona ainda mais é a pura força da natureza que é a imitação do Tom Waits que ele consegue fazer, algo que me deixa boquiaberto e, infelizmente, não parece estar gravado. E gostei do que o Luís tocou no Portugal no Coração. Se eles me perguntarem, claro, não gosto de nada disto. Porque gostar de bandas de amigos não é nada fixe.

E já que estou nisto...

É delicioso estar à espera no metro e ver a cara do Zach Galifianakis em cartazes do Hangover. Enche-me de orgulho, o meu menino. Será que ficou finalmente uma estrela propriamente dita?

Senhor do Adeus

Alguém tem estado a ler com atenção o que o João Manuel Serra diz sobre os filmes que vai ver ao domingo ao Monumental? O Senhor do Adeus é o melhor blogue de todo o sempre neste preciso momento.

Dana Carvey e Robert Smigel

Duas pessoas incríveis falam sobre o falhado Dana Carvey Show, um dos programas de televisão mais importantes dos últimos 15 anos (e, basicamente, uma das equipas de argumentistas mais talentosa alguma vez reunida: Robert Smigel, Louis C.K., Charlie Kaufman, Steve Carell, Stephen Colbert, etc.). É no AV Club do Onion, o único sítio do mundo que satisfaz a minha necessidade semanal de ler heróis a falar sobre a maneira como caminham entre a inteligência e a estupidez.

Singular

Quando a Time Out começou havia uma rubrica semanal chamada Singular sobre singles e canções avulsas. Desapareceu, mas agora voltou. Como os textos não aparecem no site da revista, decidi publicar aqui os que sou eu a escrever. É algo que me dá imenso gozo. A edição que ainda está nas bancas fala de Miike Snow, Dizzee Rascal com Armand Van Helden e de DJ Ride (só malhas). Comprem, comprem.

Edição de 3 de Junho:

Modest Mouse - Satellite Skin MySpace

"Satellite Skin", o primeiro single do próximo EP dos Modest Mouse, não é um êxito à medida das rádios como era "Float On" há cinco anos. Não há refrão propriamente dito – além de um riff de guitarra com uma voz a falar lá atrás – pára a meio e Isaac Brock, o vocalista, não se cansa de estar chateado (a voz dele é sempre assim). A guitarra, apesar de Johnny Marr dos Smiths ser membro da banda, podia ter sido tirada da fase mais indie dos Blur. Não trará fãs, mas os Modest Mouse continuam no nível que fez deles uma das bandas rock mais estranhas a entrar no mainstream nesta década.

Yeah Yeah Yeahs - Zero (RAC Mix) RCRD LBL

Há várias remisturas de "Zero" dos Yeah Yeah Yeahs. Uma delas, dos Animal Collective, falha redondamente. Transforma esta canção perfeita para festas dançantes de adolescentes – não é à toa que já apareceu num episódio de Gossip Girl – numa canção aborrecida. Mas esta, dos RAC – Remix Artist Collective, um grupo liderado por um português radicado nos Estados Unidos – torna-a ainda mais anos 80 – mas pouco nostálgica – sem estragar a essência.

Orelha Negra - LORD MySpace

Os Orelha Negra juntam Sam The Kid a membros dos Spaceboys e dos Yellow W Van. Não que se saiba ao olhar para o MySpace deles. Só existe uma fotografia: os corpos dos músicos servem de extensão a capas de vinil com as caras de Marvin Gaye, Damon Harris, Paulo de Carvalho, Roberto Carlos e Madlib. "LORD" mostra uma banda onde não se sabe onde acabam os samples e começam os músicos. As vozes e o piano são samplados (?) de música negra, mas há uma guitarra surf/rock'n'roll e um órgão que vêm de outro lado. Promete.

27 de Maio:

Major Lazer - Hold the Line MySpace

Supostamente, Major Lazer não é o projecto de dancehall de Switch e Diplo – "os produtores de M.I.A.", apesar de serem muito mais que isso. É, sim, um soldado jamaicano sem braços (mas são eles). "Hold the Line" é o seu primeiro single e conta com uma guitarra surf rock quase ao estilo de "Misirlou", a voz de Santigold e Mr. Lexx, muito pouca percussão, telemóveis a vibrar e vozes quase robotizadas. Simples e muito, mas muito eficaz.

Rye Rye feat. M.I.A. - Bang (WTF I asked for a kuduro remix by Buraka Som Sistema) Mad Decent

A adolescente Rye Rye é uma protegida de M.I.A.. Não é uma grande rapper, mas tem garra e a voz dela não é má de todo a dizer palavras de ordem. A Mad Decent, editora de Diplo, pediu aos Buraka Som Sistema – os americanos e a blogosfera não se cansam deles – uma remistura de "Bang", o seu primeiro single. Só que não lhe puseram kuduro em cima (daí o nome): usam sirenes, pistolas e outros efeitos de festa por cima de várias batidas que remetem para muitos géneros de música de dança – uma delas parte do "amen break", a base do drum'n'bass e de muito hip-hop.

Clipse feat. Kanye West - Kinda Like a Big Deal Re-Up Gang Records

Uma mudança de ares para os manos Thornton, o duo conhecido como Clipse. Não há as histórias complexas da vida e da venda de droga no gueto, nem os instrumentais completamente fora (e mágicos) dos Neptunes (a produção é de DJ Khalil). Aqui gabam-se de poder gastar dinheiro à grande e à francesa durante a recessão por cima de um riff de guitarra. Kanye West dá uma perninha e está à altura dos irmãos. É tudo (uma boa) mentira, provavelmente: os Clipse não vendem realmente droga, não vendem discos e não têm um êxito desde 2002.

quinta-feira, junho 04, 2009

Barbas

Também tenho um blog sobre barbas, algo que sempre foi um fascínio meu. Agora ainda mais, que voltei a deixar crescer uma. Ainda não está ao nível da do Zach Galifianakis (por falar nisso, a Esquire entrevistou-o), mas já impõe respeito. É ver quanto tempo aguento com ela.

quinta-feira, maio 21, 2009

A voz de Will Ferrell

Não há nada mais especial no mundo do que quando Will Ferrell canta. Cantou Billy Joel no final da 34ª temporada do Saturday Night Live, com toda a gente e mais alguma ao lado dele (Paul Rudd? Artie Lange? Norm Macdonald? Amy Poehler? Anne Hathaway? Maya Rudolph? Elisabeth Moss?) e foi magnífico. A cantar Alicia Keys também rende bastante. Mas o melhor momento de toda a carreira musical de Will Ferrell é este:



A voz de ouro, a forma como ele canta e tudo fica bem. O irmão dele deixa de ser um douchebag, o mundo fica um sítio melhor. O Will Ferrell devia cantar todos os dias na televisão. O mundo seria um sítio melhor, sem dúvida. O que eu não percebo é que o Adam McKay diz que o Will Ferrell ia cantar no final do American Idol e afinal não cantou. O que é muito, muito triste. Faria do American Idol um programa melhor.

terça-feira, maio 19, 2009

Jane Lynch

"Random Roles", do AV Club do The Onion, com a grande Jane Lynch. Que é o elo de ligação entre muitos dos grupos de gente cómica que mais interessa na televisão e cinema hoje em dia: a trupe de Christopher Guest, a malta do The State, a crew do Judd Apatow, os amigos do Will Ferrell e do Adam McKay e tudo o que há no meio. O que inclui o Party Down, a melhor série cómica nova do ano. (a par do East Bound & Down). Que também anda à volta de elos de ligação entre esta gente toda. Adam Scott, que é um actor com alcance: tanto pode ser o maior douchebag do mundo – tão douchy que até é fã do Dane Cook – a fazer de irmão do Will Ferrell no Step Brothers como pode ser um perdedor porreiro no Party Down, um actor acabado cujo único feito na carreira é ter feito um anúncio com uma catchphrase manhosa (dois extremos que geralmente ficam muito bem em comédia). Paul Rudd, que aprendeu a ter piada com a malta do The State e faz parte da crew Apatow, co-criou-a. Tem o Martin Starr, que cresceu no Freaks and Geeks (um dos maiores marcos televisivos dos últimos dez anos) do Apatow, o Ken Marino, do The State e um gajo loiro que vai aparecer no spin-off do Gossip Girl. E a Lizzy Kaplan, que junta esta malta toda à Tina Fey por ter aparecido no Mean Girls. Mas a Jane Lynch é quem mais interessa, uma máquina cómica (geralmente de improviso, aqui diz não ser bem assim) sem paralelo, uma espécie de Fred Willard no feminino e com menos 20 anos (assustador: ele faz setenta anos este ano). O que é uma comparação altamente válida, do bom (a quantidade de projectos cómicos bons em que se mete) ao mau (a quantidade de coisas banais, medíocres ou mesmo más a que consegue dar um bocado de dignidade).

quinta-feira, maio 14, 2009

O fim

Da quinta temporada do Lost. Foda-se. Hoje é a vez da terceira temporada do 30 Rock. Alan Alda outra vez (soberbo), Elvis Costello e Talib Kweli? É assim que se mantém um curriculum invejável e imaculado como a melhor série cómica – chamar-lhe "sitcom" é redutor – da actualidade (e só não é da década por causa do patamar em que está o Arrested Development, se bem que arrisco dizer que o 30 Rock chegou ao nível AD nesta temporada e só o final da década é que decidirá qual das duas é melhor, se bem que a melhor solução é apenas ficarmos todos muito contentes por termos estado vivos ao mesmo tempo que duas séries destas estavam a ser feitas e por podermos vê-las e contar aos nossos netos que estivemos lá mesmo que não tenhamos estado lá).

segunda-feira, maio 11, 2009

Não me calo com o Aziz Ansari, bem sei. E, por falar nisso, este vídeo dele no Jimmy Kimmel é incrível. É esperar que fique ainda maior e comece a fazer a ronda pelos outros talk shows. Temos convidado. E o Zach Galifianakis, um velho favorito meu, também parece estar a ter um ano do caraças. Merecidamente. É o novo episódio do Between Two Ferns com a Natalie Portman, é o New York Times a dizer que ele rouba o The Hangover, é uma entrevista com ele no blog da Vanity Fair, é tudo. Mas um homem tão bonito merece muito mais.
É por isso que vou voltar a homenageá-lo. É oficial: estou a deixar crescer uma barba à Zach Galifianakis. Uma barba fofinha, querida, grande, simpática, pouco agressiva, carismática, cheia de personalidade e inofensiva. Mas que me possibilite dizer "I look like Fat Jesus". Depois de anos a fazer filmes bastante maus e séries ainda piores – como aquela com a Eliza Dushku em que ela fala com mortos ou vai atrás no tempo salvá-los ou lá o que é, nunca percebi bem porque também há uma parecida com a Jennifer Love Hewitt que é igualmente horrível e confundo as duas na minha cabeça porque há informação bem mais interessante para reter do que a diferença entre uma série e a outra –, e de até ter tido um talk show no VH1, o mundo parece estar a começar a apreciá-lo devidamente.
Chama-se The Hangover e é o novo filme do Todd Phillips – um tipo cuja trajectória de carreira é incrível: começou com um documentário sobre o G.G. Allin e realizou o Road Trip (mau) e o Old School bom). Os trailer são incríveis. Estão aqui e aqui. É bom saber que ainda não foram esgotadas as possibilidades cómicas da melhor canção do Phil Collins (para parafrasear o Alec Baldwin, tenho dois ouvidos e um coração, logo gosto do Phil Collins). E que basicamente Hollywood anda a copiar os meus sonhos: o Mike Tyson a dar um murro no Zach Galifianakis ao som de Phil Collins? Zach Galifianakis com um bebé? Ed Helms com óculos outra vez (aqueles olhos esbugalhados ficam assustadores sem óculos)? A consagração merecida de um génio (ninguém grita agressivamente como o Galifianakis)?
E isto. Volto sempre a isto.

sexta-feira, maio 08, 2009

Meta-comédia

As minhas catchphrases favoritas:

"I wanna dip my balls in it!" - Ken Marino, The State
"Hey, wha' happened?" – Fred Willard, A Mighty Wind
"Are you 'avin a laugh?" – Ricky Gervais, Extras
"Are we having fun yet?" – Adam Scott, Party Down
"That's a dealbreaker, ladies!" – Jane Krakowski, 30 Rock

Péssimas, sim, mas com mil vezes mais piada que qualquer catchphrase nojenta de série de qualidade duvidosa. Sim, estou a apontar para ti, Catherine Tate, e o teu "Am I Bovvered?", para os idiotas do Little Britain (maior desperdício de talento de sempre?) e para milhares de outras pessoas que caem no erro de achar que a simples repetição de uma expressão idiota é igual a riso.

quinta-feira, abril 23, 2009

Oswalt e Statham

O Patton Oswalt teve a primeira filha dele na quinta-feira passada, o que fez com que só tivesse tempo para ver o Crank: High Voltage na terça-feira. É o melhor texto que li este ano, a par do já clássico "Gay-tham for Statham" ("I’m sure you’ve read my earlier blog entry, GAY-THAM FOR STATHAM. It’s been added to a lot of standardized American textbooks, and President Obama is having it added to the Preamble.") do mesmo autor. Um homem brilhante. B-r-i-l-h-a-n-t-e.

segunda-feira, abril 13, 2009

Aziz Ansari

O Parks and Recreation não é brilhante, mas vale sobretudo pela Amy Poehler, pelo Aziz Ansari e pela Rashida Jones. A milhas do The Office americano, claro, que nesta temporada já esteve bastante mau e voltou a estar óptimo (e andam a explorar a parceria Ed Helms/Rainn Wilson incrivelmente bem, a sério, o Ed Helms toca banjo, é uma espécie de novo Steve Martin), mas bom. O Aziz Ansari é um superherói e a prova provada de que a geração reality shows/falta de concentração/redes sociais pode criar um génio. Um bocado como o caso Bruno Aleixo junta a portugalidade à influência que anos 90, especialmente televisivos e radiofónicos, tinham do Brasil e dos filmes e dos jogos de vídeo estrangeiros. Não me canso de dizê-lo. Tipos altamente inteligente que pegam em tudo o que é aparentemente mau e fazem magia. E com tanta piada que dói. Se no primeiro dia de 2010 o mundo olhar para trás para 2009 e não pensar no Aziz Ansari, demito-me.

segunda-feira, março 30, 2009

Festival Alternativo da Canção

Era uma óptima ideia e a execução foi ainda melhor.
Nem todas as canções eram boas. O Jel venceu e continua a não ter piada. E a coisa toda do cantautor de intervenção não tinha piada originalmente. Tem ainda menos. Mas a corda continua a ser esticada. Bem, ao menos não há "tiriri" para irritar ninguém. E a canção não é assim tão . Daquelas todas é a melhor para tocar nas escadas de Moscovo.
A cerimónia foi incrível. Antes de começar vi o Armando Gama – cantou cinco canções – a estacionar o carro. Não chegou com a Valentina Torres. "Querida, conseguiste arranjar lugar?" Eles falam mesmo assim entre eles. Pensavam que ninguém estava a ouvir. Mas eu estava. Ele tinha um fato branco. Vi-o na casa-de-banho mesmo antes de entrar em palco. Foi um momento magnífico.
O grande serviço que o Fernando Alvim fez ao Festival da Canção não foi só pôr Portugal a ganhar um. Não. Foi pôr Portugal a ter um outra vez. E foi também dar àquela gente – Eládio Clímaco, Serenella Andrade, Armando Gama, Valentina Torres, Helena Coelho, etc. – a oportunidade de regressar ao Festival da Canção, que não existe há anos. E eles foram feitos para ele. Pode ser uma piada para os outros, com nostalgia e RTP Memória pelo meio. Mas para eles é meio a brincar e meio a sério. A genuína felicidade que tinham nos olhos e sorrisos deles é impagável.
Deliberadamente, a cerimónia estava cheia de falhas. A Serenella e o Eládio tropeçavam nos fios, era preciso encher chouriços – "como dizemos na televisão", dizia o Eládio num improviso sobre montar um piano para o Armando Gama tocar duas canções, uma delas era "Let it be" dos Beatles –, o modo de votação do júri não estava bem decidido – ver um B. Fachada irado a chamar o Alvim à razão ou uma Helena Coelho completamente bêbeda a não querer sair do palco enquanto não fosse feita a sua vontade foram momentos muito estranhos – e houve problemas no som – instrumentos não davam, faixas pré-gravadas começavam do início, etc.
Isso contribuiu muito para o sucesso da coisa. Que teve imensa piada. Ou, pelo menos, que me fez rir. Não pelos textos a puxar à piada que os apresentadores liam. Pelos concorrentes. Do tipo assustador a cantar sobre o Natal dos Hospitais ao miúdo a cantar uma canção de amor a cappella – levou o prémio de consolação. Pelo ambiente. Pela coisa toda. Pelos que levavam a sério. Pelos que não levavam. Por dar vida àquela gente. Um pouco como o The Wrestler e o East Bound and Down. Por, naquela noite, fazer muita gente que vive e respira o Festival da Canção feliz. Porque ele já não existe e, durante umas horas, foi como se existisse.
E a cara de Fernando Alvim, pelo meio, como uma criança que pensavam "eu tive uma ideia e deixaram-me fazer e isto e aqui estamos, não posso acreditar." Agora é esperar para ver o Tozé Brito – que não se mostrou lá muito entusiasmado durante a cerimónia – no topo da Estátua do Marquês.

quinta-feira, março 19, 2009

Polar beto



Pronto, chegou a legitimação do polar vermelho à beto (e uma malha que me ficou na cabeça desde as duas vezes que os vi – e não gostei).

sexta-feira, março 13, 2009

Um dia menos bom

É chegar a casa e o Aziz Ansari não ter escrito nada no Tumblr nem no Twitter. Onde raio é que eu vou ler pérolas como "HOW MANY GOD DAMN TIMES DO I HAVE TO SAY THIS?? NO ANIL KAPOOR I DON'T WANT TO DO A BUDDY COP MOVIE WITH YOU!"?

Aziz, 'Ye e TMZ

O Aziz Ansari arranjou a forma mais genial de promover o Parks and Recreation, que estreia dia 9 de Abril e vai ser uma série incrível (é com a Amy Poehler e a Rashida Jones, não preciso de dizer mais nada). Estava com o Kanye West – a amizade deles intriga-me, como é que será que o 'Ye reage ao que o Aziz dizia dele há três anos nos espectáculos? – e chegou um tipo do TMZ com uma câmara e um membro da entourage do 'Ye mandou o tipo para o caraças e o Aziz aproveitou para falar da série. Ver aqui, marketing do melhor que há. É giro ver como os tipos do Late Night with Jimmy Fallon tentam vender aquilo como uma coisa virada para a internet e as novas tecnologias e os blogs e os Twitters e o Facebook e os viral videos e o caraças, mas essa linguagem toda foi dominada pelos tipos do Human Giant – com o Ansari à cabeça – há dois anos. Claro que não era um talk show e não foram os primeiros, mas fazer comédia e aproveitar essa linguagem – e os reality shows em que o Fallon insiste – neles funciona melhor que no Fallon – que até se está a dar não muito mal. E cada um deles continua a ser invariavelmente genial em cada um dos seus Tumblrs. Além disso, como se vê, o Aziz arranjou finalmente um uso decente para o TMZ. Melhor. Uso. Da. Internet. De. Sempre.

East Bound and Down parte 2

Kenny "Fucking" Powers ainda se acha o maior. Não o é, de todo. Acha que tem o mundo na palma da mão. E não tem. As camisas pretas que usa serão um dia lendárias. E quando descobrir que não é o maior e que já não dá para voltar atrás vai ficar muito triste. O rumo que a série vai tomar só pode ser bom.

Flight of the Conchords

Quando o Michel Gondry conheceu os Flight of the Conchords, o resultado foi a melhor canção deles (e o melhor vídeo). A segunda temporada tem mais dinheiro e meios, mas ainda não tinha dado nenhuma canção que se comparasse às da primeira temporada. Há um mês deu, com isto. Acho que nunca me vou fartar da canção, fica como um dos melhores momentos de comédia da década (é curioso que alguns dos meus momentos favoritos de comédia da década sejam musicais: "I Ran" dos Lonely Island, o David Bowie no Extras, "Free Love on the Freelove Freeway", os problemas do Zach Galifianakis com as mulheres, etc.). "Oh we can eat cereal." A série influenciou-me bastante, pessoalmente. Descobri que adoro o sotaque neo-zelandês acima de qualquer outro. Há umas semanas entrevistei um dos Datsuns e inventei perguntas sobre os próprios Flight of the Conchords só para poder ouvir mais um bocado daquele sotaque. Não é todos os dias que se interage com ele, infelizmente. Orgulho-me de viver num mundo em que há Flight of the Conchords, 30 Rock – que chegou ao patamar de excelência, pelo menos desta década, que era o Arrested Development – e The Office – voltou a ser bom. East Bound and Down não conta, só tem seis episódios, apesar de eu fazer figas para mais seis e um especial de natal, a fórmula Ricky Gervais.

The Wrestler/East Bound and Down

Dois reversos da mesma moeda. O ecrã fica preto e o Boss começa a cantar "Have you ever seen a one trick pony in the field so happy and free? If you've ever seen a one trick pony you've seen me." Está feito. Envelhecer, só saber fazer uma coisa na vida, não ter mais nenhum lado para onde se virar. Tudo. O East Bound and Down também é assim. Só que em comédia – e o The Wrestlerescolhe não ser uma comédia: foi escrito por um escriba do The Onion e tem o Todd Barry e o Judah Friedlander em papéis sérios. Com episódios realizados pelo David Gordon Green. O Danny McBride é Kenny "Fucking" Powers, uma estrela do basebol que se meteu na cocaína e engordou e nunca mais vai voltar a ser o mesmo. E digo "é" não numa de sinopse da série, mas sim porque ele é mesmo o gajo. Dedicação a um papel? Danny McBride tem-la para dar e vender: usa uma mullet (em português diz-se "roulotte") incrível. Como é que ele anda na rua assim? O cabelo dele no Tropic Thunder e no Pinapple Express também não é brilhante, mas não é uma roloutte. No outro dia vi o Valkyrie e pensei como seria a vida social do tipo que fez de Hitler enquanto estava a rodar o filme. Não saía de casa? Não falava com ninguém? Imaginei que ele tinha de tirar o bilhete de identidade outra vez e tinha de ser fotografado. Ser o Hitler no B.I. deve ser terrível. Voltando ao assunto, a história da série é boa, está bem escrita e tem piada para dar e vender, o McBride é dos melhores rednecks que já vi, em cada três palavras uma delas é um palavrão, um tipo egocêntrico, narcisista, que já não é o que era e nunca voltará a ser mas tenta a todo o custo sê-lo, o que provoca nas pessoas uma mistura de tristeza e riso. O Will Ferrell anda lá metido e um dos criadores/realizadores da série, o Jody Hill, tem um filme, o Observe and Report, aí preparado. Supostamente é o Taxi Driver da comédia. Tem o Seth Rogen e vai até onde nunca se pensou que esta gente iria. Quem escreve bem sobre estas coisas – e tudo – é o Patton Oswalt. Aqui. De textos como este à reapreciação crítica de Punisher: War Zone ou da carreira do Jason Statham, passando pelas participações dele em tudo o que mexe (partia sempre o Conan ao meio, a voz dele no Ratatouille, etc.) e pelos discos de stand-up, sem esquecer a série Comedians of Comedy, um dos maiores que já houve. Sem dúvida alguma.

I Love You, Man

E o I Love You, Man vai ou não vai ser incrível? Exactamente quando é que o Paul Rudd deixou de ser uma espécie de punchline sobre os anos 90 – por causa de filmes como o Clueless – e passou a ser universalmente respeitado como um génio da comédia? Esta semana esteve no David Letterman e no Jon Stewart e foi brilhante. Não há ninguém que não goste dele, no mundo em geral. Todos os homens querem ser como ele e todas as mulheres querem tê-lo. E tem sempre piada. Em qualquer coisa que faça. O I Love You, Man não só tem um elenco bestial – também tem o Aziz Ansari, além da Rashida Jones, o J.K. Simmons, o Andy Samberg, a Jane Curtin e o Jon Favreau, só assim de cabeça –, como tem o Jason Segel, que merece todo o amor que alguém lhe possa dar e ainda mais. Não existe ninguém, no mundo inteiro, com a capacidade de auto-humilhação dele. Nem é pela cena inicial do Forgetting Sarah Marshall – genial –, é por tudo. É no Freaks and Geeks, quando ele está apaixonado, escreve uma canção, canta "Lady" dos Styx, toca (mal) bateria numa canção dos Cream, dança disco, tudo. E no Undeclared, onde é um namorado/ex-namorado completamente obcecado. Ninguém, mas ninguém, no mundo inteiro, é como ele. Gostava que aproveitassem mais essa faceta dele no How I Met Your Mother. E no I Love You, Man ele tem uma espécie de sala de música, uma garagem, ou lá o que é, pelo que dá para ver dos bocadinhos que têm aparecido por aí. É quase como se ele estivesse a voltar a ser o puto do Freaks and Geeks. E isso, meninas e meninos, é das melhores coisas que podiam acontecer ao mundo.

Chuck Lorre

E por falar em ódios, existe alguém no mundo pior que o Chuck Lorre? Anteontem na Variety vinham vários artigos sobre ele. Num deles, o Charlie Sheen – estrela da inenarravelmente má sitcom Two and a Half Men e utilizador de algumas das piores camisas jamais criadas – dizia do Lorre:

"I think he has an absolute and total focus on passion, and I think that's fueled by his never-ending quest to not settle, to deliver things that are unique, that are original, because he's the first to tell you that there's enough crap on television and, without specifying, we can either contribute to that side of it or make an effort to do something much different."

Para dizer o óbvio: ELES CONTRIBUEM PARA ESSE LADO DA MERDA NA TELEVISÃO! E o Big Bang Theory também é horrível. Achar piada àquilo é nunca ter ouvido aquelas piadas antes, ou seja, é não estar vivo. Humor banal, sem imaginação, sem ideias novas, sem risco, sem nada. Tão mau que chega a ofender. Quando era mais novo até gostava do Dharma & Greg, não sinto qualquer ódio em relação àquilo, ainda há pouco tempo passava na SIC Mulher e via de vez em quando. Com o gosto de quem vê uma sitcom não muito boa, mas que tem gente que se safa – os pais de ambos, os amigos deles, as estrelas convidadas, etc. Nada de brilhante, nada de especial, mas não era ofensivo. As duas séries que o gajo tem hoje em dia são terríveis. Do pior que se faz por aí. Seria interessante ver mais gente a odiá-las. De morte. Ele é um dos maiores embustes da televisão moderna. Desculpá-lo só porque as vanity cards do final dos episódios até têm alguma piada na onda ele-não-pensa-antes-de-escrever-deixa-aquilo-correr e não-acredito-que-ele-escreveu-aquilo-na-televisão é ajudar a perpetuar o lixo.

Funny People parte 2

Aziz Ansari, o meu herói, faz de Randy. O Randy é uma espécie de Dane Cook. Dá para ver aqui. Adoro que se odeie o Dane Cook, alguém para quem a expressão "douchebag" foi inventada. O irmão douchey do Will Ferrell no Step Brothers diz "Dane Cook. Pay-per-view. 20 minutes..." à mulher para ela se despachar. O Zach Galifianakis acaba actuações com a última folha do bloco de notas a dizer "fuck Dane Cook". O mundo é sítio bom onde pessoas boas odeiam pessoas más. Não percebo onde é que o Dan in Real Life entra nisso, junta o Steve Carell, alguém do mundo Apatow, ao Cook, alguém do mundo merda. Espero que tenha sido pelo dinheiro. De qualquer forma, espero que o Funny People incite ainda mais ao ódio do tipo.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Alec

A voz do Alec Baldwin é a melhor voz que existe na natureza. Que o ponto alto do mundo todas as semanas chama-se 30 Rock devia ser percebido e aceite por toda a gente. No outro dia estava a dar um documentário sobre animais ou lá o que era na televisão e era narrado por ele, não prestei atenção nenhuma ao que ele dizia, mas podia ter ficado a vida inteira a ouvir o Alec Baldwin dizê-lo.

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Boas notícias

O Michael Cera quer fazer o filme do Arrested Development. Era o elo que faltava. Venha ele. O Andy Richter vai voltar para o Conan. Óptimo.

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Funny People


Vai ser, obviamente, um acontecimento. O terceiro filme do Judd Apatow e um pouco mais sério que o resto, com um elenco só de gente grande (além da malta que aparece aqui, há o Aziz Ansari e o RZA, tenho quase a certeza de que se alguma vez fizesse um filme essas duas pessoas teriam de aparecer de alguma forma, nem que fosse sob a forma de uma fotografia escondida ou algo parecido). Porque ninguém me diz tanto quanto o Judd Apatow. Ninguém.

Óscares

Comentadores da TVI: se não sabem quem é que o Ben Stiller estava a imitar, demitam-se. Não fazem ideia do que é que estão a fazer ali. Toda a gente vos odeia. São incompetentes. Demitam-se. É mais fácil do que serem despedidos. Pelo menos admitem que são péssimos. Vocês não têm amigos? Se são vossos amigos a sério têm a obrigação de vos dizer: "Por favor parem." Não estranham que quando lhes perguntam se gostaram dos vossos comentários eles façam um silêncio desconfortável? Desapareçam. E levem convosco o Hugh Jackman. P-i-o-r d-e s-e-m-p-r-e. O Steve Martin disse menos de 10 frases e pôs-me a rebolar no chão a rir. E, já agora, o Ben Stiller estava a imitar o Joaquin Phoenix.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Conan

Sexta-feira vai para o ar o último episódio do Late Night with Conan O'Brien e não há maneira de não me sentir triste por isso. Apesar de prometerem que não, aquilo vai ser muito diferente na Califórnia. Uma hora antes, público novo, a cadeira do Carson e do Leno, a distância geográfica do Abe Vigoda e do James Lipton – sejamos francos, ele também vale muito lá e, sim, eu vi o episódio do Inside the Actors Studio com o Conan e quase chorei –, ou mesmo do Alec Baldwin – que diz que não vai até lá, até chamaram o Paulie Walnuts para matá-lo –, a falta de personagens e momentos irrelevantes de piadas inúteis que não se podem fazer naquele horário, convidados que têm de ser mais mediáticos, etc. É impossível não mudar.
Como – ainda mais – miúdo, há uns anos, a apanhar aquele senhor estranho na TV Cabo, ao lado daquele tipo meio gordo que agora já não está lá, o Late Night foi fulcral na formação do meu sentido de humor. Ensinou-me a inteligência da estupidez, do completamente irrelevante, idiota e a importância do não fazer sentido nenhum. Da classe e do estilo enquanto se faz isso.
Em 2001, com o advento da SIC Radical, apanhei dois programas que, de um modo ou de outro, mudaram completamente a minha vida, ou, no mínimo, a minha forma de ver certas coisas. Um era o Freaks and Geeks – fica para outra divagação – e outro o TV Funhouse. Este último, um falso programa para crianças que durou pouco tempo da Comedy Central, mostrou-me uma parte do génio do Robert Smigel quando eu não fazia ideia de quem era o Robert Smigel. Sabia, ou calculava, que tinha alguma coisa a ver com o Triumph, nada mais que isso. Só depois é que percebi que ele era uma das peças-chave da formação da identidade do Late Night, que fazia aquelas vozes todas – fui descobrindo, depois, pérolas dele como esta, no Dana Carvey Show, uma das maravilhas da década de 90 ou alguns sketches de TV Funhouse no Saturday Night Live.
Sexta-feira acaba isso tudo. Tenho fé num bom Tonight Show, disso não há dúvida, mas não vai ser a mesma coisa. Não vai ser tão parvo, tão Smigel. Vai ser mais profissional, menos inútil. E tenho muitas dúvidas de que Jimmy Fallon se safe no Late Night. O melhor, até agora, desta mudança, é a excitação do ?uestlove dos Roots – a nova banda residente do programa – que se topa à distância no Twitter dele. É que não reconheço piada nenhuma ao Fallon, mas dou-lhe o benefício da dúvida. Mesmo que ele se safe, o mundo vai mudar na sexta-feira. Sem dúvida alguma. E tenho medo que não volte a ser o mesmo.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

A roulotte do 'Ye

É sublime. Magistral. Magnífica. Épica. É tudo aquilo que se podia querer na nuca dele e muito mais. É assim que se faz, malta. Pudesse eu ter uma e teria certamente. E a Complex traça uma história da roulotte negra ao longo dos tempos. Sem desrespeito por nenhum dos nomes que aparecem na lista da Complex, é bom acabar a seguinte lista com o nome Kanye West: Richard Dean Anderson, Pedro Santana Lopes, Paulo Futre, Marco Paulo. Kanye West.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

The Pretender

Peça incrível do Kelefa Sanneh na New Yorker desta semana sobre o Will Oldham. É estupendo vê-lo a voltar a escrever sobre música. Óptima notícia. Ninguém escreve assim. Muito, muito bom. Melhor perfil de 2009. Sem sombra de dúvida.

sábado, janeiro 03, 2009

Fazem-me chorar

Os anúncios de Os Produtores que passam na televisão. Porquê? Porquê? Porquê?