quarta-feira, abril 21, 2010

Nevermind

O que é que estás a fazer neste preciso momento? Bem sei que nunca gostei de Nirvana, mas pára tudo e vai ler isto. Grande, grande André.

segunda-feira, abril 19, 2010

Singular

Este não foi publicado porque já tem umas semanas (foi escrito pré-leak dos LCD e pré-vídeo de "Drunk Girls", ou seja, antes de hoje):

LCD Soundsystem
Drunk Girls
YouTube

Não tenha medo. "Drunk Girls" não é daquelas canções introspectivas dos LCD Soundsystem que tanto podem ser excelentes como aborrecidíssimas. Não, é LCD Soundsystem com tudo aquilo que se espera deles: repetição, minimalismo, guitarras pós-punk, gritinhos, tiques vocais, sintetizadores, diversão e linhas de baixo simples e boas. A temática é a perfeita para a festa: raparigas bêbedas. Porque, já perguntava a avó de toda a gente, o que é uma festa sem espécimes do sexo feminino alcoolizados?

R. Kelly
Be My #2
YouTube

Esqueça "Be My Baby" das Ronettes. O que está a dar é ser romântico, mas não em demasia. Esta canção de R. Kelly é uma canção de amor, mas não é um amor qualquer. É o amor por uma amante. A mensagem é simples: "amo-te, mas tenho uma principal, queres ser a minha secundária?" Acontece que é a melhor canção de R. Kelly em muitos anos, com um instrumental disco-sound cheio de funk inesperado, com guitarras, cordas e sopros foleiros. A produção é de Jack Splash, dos revivalistas do funk futurista PlantLife, e lembra as discotecas dos anos 70 onde se dançava de patins.

Jamie Lidell
The Ring
Pitchfork.tv

Sobre Van Morrison, o crítico Greil Marcus dizia que nenhum branco cantava assim. Era uma referência à capacidade vocal extraordinária do irlandês que se pode aplicar na perfeição a Jamie Lidell. Mas onde Morrison vai lá pela dor, Lidell vai lá pelo mel. Enquanto os (óptimos) dois álbuns anteriores de Lidell eram soul retro, cheios de grandes canções, o próximo, Compass, vai ser mais experimental. "The Ring" prova isso mesmo. É uma canção suja – cortesia da voz a fazer de guitarra e de baixo e de um trompete, tudo bem distorcido –, com piano e palmas, que muito deve aos blues, mas não deixa de ter toneladas de funk. Viciante.