Estou a cobrir o Alive (textos seguir-se-ão mais para a semana noutros sítios) e fico sempre cheio de pena que os TV On The Radio nunca dêem concertos à altura deles em Portugal. O problema é sempre o som, é tramado misturar aquilo bem e eles precisam de alguém que esteja uma tarde inteira com eles a tratar daquilo, o que é impraticável num festival. Mais: no texto de antevisão do Jorge Manuel Lopes (uma referência, um mentor, um patrão – literalmente – e alguém a quem devo muitíssimo) para a Time Out, falava-se do facto de eles terem bons discos e acharem que a música boa já estava toda feita e não era preciso inovar mais nada. A minha ideia deles – e aquilo de que sempre gostei neles, já há cinco ou mais anos – é justamente a contrária. Não vejo, tal como ele, uma necessidade neles de emular a fase de Berlim do David Bowie, nem sinto nada disso. Uma das primeiras coisas que escrevi neste blog, há três anos, foi algo como "On The Radio são a melhor banda de pós-punk da actualidade, por muitas razões, sendo a maior delas não quererem soar ao que soavam as bandas de pós-punk canónicas." (ou foi mesmo isto). E ainda concordo com isso. Parece-me mais um dos ódios de estimação do Jorge do que outra coisa qualquer: até os compara ao Beck, outro ódio de estimação que não compreendo (cresci a ouvir o Odelay, e "unfuckwithable" é uma expressão que associo ao trabalho deles nesse disco e no Paul's Boutique dos Beastie Boys).
1 comentário:
é simples. o marcello carlin não gosta logo o JML não gosta.
daahhhhh....
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