segunda-feira, julho 13, 2009

Dane/Raaaaaaaandy

Mais Raaaaaaaandy. Agora é um documentário. Como é que o Dane Cook vai continuar a ser respeitado nalgum lado depois disto continua a ser um mistério, mas idiotas como ele vencem sempre, por isso é esperar para ver. É porreiro que a trupe Judd Apatow tenha tomado conta da comédia e tenha sucesso. É o triunfo de gente mais ou menos decente (ou que pelo menos parece, quero lá saber do resto) com piada. Algo que o tipo nunca terá. Continuará apenas a debitar o mesmo humor vazio e piadas que não são piadas, são só um testemunho de como o gajo é o maior do mundo (na cabeça dele). Mesmo que o Mike White diga que aquilo passou da comédia daqueles que levam porrada para a comédia dos que dão porrada, isso não é verdade (e o Mike White, mesmo que muito bom, é completamente passado dos cornos e só deve estar triste por não ser incluído nos projectos). E serve para resumir as personagens: o Adam Scott a fazer de irmão do Will Ferrell no Step Brothers é caracterizado como um douchebag porque, entre outras coisas, é fã do Dane Cook. Um promenor tão simples e tão eficaz. "É fã do Dane Cook? Idiota de merda." Provavelmente o Dane Cook não tem piada porque nunca teve de ter piada na vida. Olha-se para o Seth Rogen, para o Jonah Hill ou mesmo para o Jason Segel e percebe-se logo por que raio é que eles tiveram de desenvolver um sentido de humor brutal. Olha-se para o Dane Cook e percebe-se por que é que ele é um idiota de merda. Mas depois como é que se explica o Paul Rudd e o Adam Scott terem piada? Com aquelas carinhas nunca tiveram de ter. Mas têm. Porque se esforçaram. O Dane Cook nasceu, venceu, ficou famoso, venceu mais, e é um nojo. O marketing viral à volta deste filme é tão bom, mas tão bom, que espero mesmo que o filme valha a pena. Por falar em marketing, gosto das entrevistas do Sacha Baron Cohen à volta do Brüno e de tudo isso, mas o filme falha redondamente. Ri, mas não tanto como o Hangover (e não é só pelo Zach Galifianakis) e saí de lá a pensar em como aquilo não tinha propósito nenhum. Não servia para nada. Esperava algo que crucificasse para sempre a homofobia. Mas não. Ele mal pega nisso. Tal como o Borat (que tinha, lá no meio, algum propósito), é um filme falhado que não tenho vontade nenhuma de alguma vez rever. E eu revejo obsessivamente muitas comédias. E eu gosto do Sacha Baron Cohen, do programa do Ali G (do inglês e o americano). Em filme é que não, obrigado.

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