terça-feira, maio 19, 2009

Jane Lynch

"Random Roles", do AV Club do The Onion, com a grande Jane Lynch. Que é o elo de ligação entre muitos dos grupos de gente cómica que mais interessa na televisão e cinema hoje em dia: a trupe de Christopher Guest, a malta do The State, a crew do Judd Apatow, os amigos do Will Ferrell e do Adam McKay e tudo o que há no meio. O que inclui o Party Down, a melhor série cómica nova do ano. (a par do East Bound & Down). Que também anda à volta de elos de ligação entre esta gente toda. Adam Scott, que é um actor com alcance: tanto pode ser o maior douchebag do mundo – tão douchy que até é fã do Dane Cook – a fazer de irmão do Will Ferrell no Step Brothers como pode ser um perdedor porreiro no Party Down, um actor acabado cujo único feito na carreira é ter feito um anúncio com uma catchphrase manhosa (dois extremos que geralmente ficam muito bem em comédia). Paul Rudd, que aprendeu a ter piada com a malta do The State e faz parte da crew Apatow, co-criou-a. Tem o Martin Starr, que cresceu no Freaks and Geeks (um dos maiores marcos televisivos dos últimos dez anos) do Apatow, o Ken Marino, do The State e um gajo loiro que vai aparecer no spin-off do Gossip Girl. E a Lizzy Kaplan, que junta esta malta toda à Tina Fey por ter aparecido no Mean Girls. Mas a Jane Lynch é quem mais interessa, uma máquina cómica (geralmente de improviso, aqui diz não ser bem assim) sem paralelo, uma espécie de Fred Willard no feminino e com menos 20 anos (assustador: ele faz setenta anos este ano). O que é uma comparação altamente válida, do bom (a quantidade de projectos cómicos bons em que se mete) ao mau (a quantidade de coisas banais, medíocres ou mesmo más a que consegue dar um bocado de dignidade).

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