Esta semana saiu no Guardian um artigo de uma repórter que foi à procura dos sítios que o Jonathan Richman menciona na canção Road Runner dos seus Modern Lovers. Soa muito melhor do que é realmente, mas é sempre uma boa oportunidade de recordar o quão boa é a canção e do quão genial é o Richman. Por que raio foi ele só tocar meia-hora em Barcelona transcende-me. Espero mesmo que ele venha cá em Fevereiro ou lá o que é.
A Vanity Fair cobre o lançamento do filme dos Simpsons com um artigo daqueles grandes e bons que eles fazem e um top dos melhores episódios de sempre (o número um é magnífico, com os Ramones a cantarem os parabéns ao Mr. Burns dizendo que ele é velho, o que leva a que ele peça para o Smithers matar os Rolling Stones, devo tê-lo visto, sem exagero, mais de 20 vezes, tinha-o gravado em VHS, para além de um com um ladrão de casas idoso e do Stampy, o elefante do Bart) Há também uma óptima entrevista curta (em relação ao resto) ao Conan O'Brien, que é basicamente uma versão expandida das citações dele que aparecem no artigo maior, uma história oral com algumas das pessoas envolvidas na criação da série, mesmo que Matt Groening, James L. Brooks e Sam Simon estejam de fora. Uma boa parte da história vinda de um grande, grande senhor:
I pleaded with Matt and advised him strongly from my elder-statesman position to not work with Fox. "Whatever you do, don't work with those guys! They're gangsters! They're gonna take your rights away!" He's never let me forget it.
O Finding Forever do Common é óptimo: "The Game" é um grande, grande single e "Drivin' Me Wild" também será. Este e o Ear Drum do Talib Kweli são óptimos discos de MCs "conscientes" ou lá o que é. Falta o Graduation do Kanye West e o novo do Lupe Fiasco e esta família fica toda completa (não que o Kweli pertença realmente a ela, só até certo ponto).
Ao ver o novo vídeo dos Travis (óptimo vídeo, canção medíocre, o vocalista soa como a Crissie Hynde, o que é estranho, e o vídeo tem o grande Demetri Martin a despir todas as t-shirts com dizeres que acompanham a letra que tem vestidas), lembrei-me de que hoje descobri que o Zach Galifianakis (que fez uma das minhas coisas favoritas de sempre, uma das maneiras mais brilhantes de acabar um especial de comédia) e a Sarah Silverman (o facto de o Sarah Silverman Program nunca ter sido comprado pela SIC Radical só pode querer dizer que aquela gente está morta ou pelo menos adormecida) aparecem no pior filme de sempre, que eu até vi no cinema na altura (não tinha nada melhor para fazer, gostava de dizer que hoje em dia já tenho, mas não, continuo a não ter): Heartbreakers. Mas só vi um bocado, a barba do Galifianakis já era boa na altura, mas podia ser melhor. Leva para aí um 3 em 5 por causa do esforço. Às vezes sinto, quando estou a ver coisas ou do Galifianakis ou do Martin, que piadas sem muitos conectores entre elas não é a melhor forma de comédia, mas o que eles fazem com o formato ao vivo é estupendo e a criatividade que têm para fazer outras coisas, como tocar piano ou guitarra, usar escritos, trazer gente de fora, etc. Para além do mais, gente como Steven Wright e o Emo Philips sempre foi grande a fazer isso mesmo (claro que com estilos obviamente totalmente diferentes e idiossincrásicos) e nenhum mal vem ao mundo por causa disso.
Vi o Death Proof hoje e gostei, mas teria gostado bastante mais se tivesse chegado a tempo de ver o início e se fosse o Grindhouse todo. O diálogo é óptimo e é sempre magnífico ouvir o que o Tarantino dá aos seus actores para dizer. Por muito que gire à volta do mesmo e que siga uma fórmula, é sempre excelente entretenimento. É giro ver como ele evoluiu do Reservoir Dogs (que tem apenas uma mulher, a que tenta matar o Tim Roth) para isto, onde muitas e muitas mulheres se defrontam com o Kurt Russell. Mas é difícil ver isto sem ver o Planet Terror do Rodriguez. Desde que li sobre isso no New York Times em Janeiro que fiquei completamente ansioso pela chegada do filme cá, e saber que nunca chegará é bastante mau. Sobre o diálogo, guardei algures isto desse mesmo artigo, que já não dá para ler online:
Mr. Tarantino called his female characters’ dialogue, which simultaneously evokes both “Sex and the City” and teenage girls’ MySpace profiles, “some of the best dialogue I’ve ever written in my life.” After finishing the script he sent it to Bob Dylan, because he thought Mr. Dylan “would appreciate the wordplay.” He has not yet heard back.
A Vanity Fair cobre o lançamento do filme dos Simpsons com um artigo daqueles grandes e bons que eles fazem e um top dos melhores episódios de sempre (o número um é magnífico, com os Ramones a cantarem os parabéns ao Mr. Burns dizendo que ele é velho, o que leva a que ele peça para o Smithers matar os Rolling Stones, devo tê-lo visto, sem exagero, mais de 20 vezes, tinha-o gravado em VHS, para além de um com um ladrão de casas idoso e do Stampy, o elefante do Bart) Há também uma óptima entrevista curta (em relação ao resto) ao Conan O'Brien, que é basicamente uma versão expandida das citações dele que aparecem no artigo maior, uma história oral com algumas das pessoas envolvidas na criação da série, mesmo que Matt Groening, James L. Brooks e Sam Simon estejam de fora. Uma boa parte da história vinda de um grande, grande senhor:
I pleaded with Matt and advised him strongly from my elder-statesman position to not work with Fox. "Whatever you do, don't work with those guys! They're gangsters! They're gonna take your rights away!" He's never let me forget it.
O Finding Forever do Common é óptimo: "The Game" é um grande, grande single e "Drivin' Me Wild" também será. Este e o Ear Drum do Talib Kweli são óptimos discos de MCs "conscientes" ou lá o que é. Falta o Graduation do Kanye West e o novo do Lupe Fiasco e esta família fica toda completa (não que o Kweli pertença realmente a ela, só até certo ponto).
Ao ver o novo vídeo dos Travis (óptimo vídeo, canção medíocre, o vocalista soa como a Crissie Hynde, o que é estranho, e o vídeo tem o grande Demetri Martin a despir todas as t-shirts com dizeres que acompanham a letra que tem vestidas), lembrei-me de que hoje descobri que o Zach Galifianakis (que fez uma das minhas coisas favoritas de sempre, uma das maneiras mais brilhantes de acabar um especial de comédia) e a Sarah Silverman (o facto de o Sarah Silverman Program nunca ter sido comprado pela SIC Radical só pode querer dizer que aquela gente está morta ou pelo menos adormecida) aparecem no pior filme de sempre, que eu até vi no cinema na altura (não tinha nada melhor para fazer, gostava de dizer que hoje em dia já tenho, mas não, continuo a não ter): Heartbreakers. Mas só vi um bocado, a barba do Galifianakis já era boa na altura, mas podia ser melhor. Leva para aí um 3 em 5 por causa do esforço. Às vezes sinto, quando estou a ver coisas ou do Galifianakis ou do Martin, que piadas sem muitos conectores entre elas não é a melhor forma de comédia, mas o que eles fazem com o formato ao vivo é estupendo e a criatividade que têm para fazer outras coisas, como tocar piano ou guitarra, usar escritos, trazer gente de fora, etc. Para além do mais, gente como Steven Wright e o Emo Philips sempre foi grande a fazer isso mesmo (claro que com estilos obviamente totalmente diferentes e idiossincrásicos) e nenhum mal vem ao mundo por causa disso.
Vi o Death Proof hoje e gostei, mas teria gostado bastante mais se tivesse chegado a tempo de ver o início e se fosse o Grindhouse todo. O diálogo é óptimo e é sempre magnífico ouvir o que o Tarantino dá aos seus actores para dizer. Por muito que gire à volta do mesmo e que siga uma fórmula, é sempre excelente entretenimento. É giro ver como ele evoluiu do Reservoir Dogs (que tem apenas uma mulher, a que tenta matar o Tim Roth) para isto, onde muitas e muitas mulheres se defrontam com o Kurt Russell. Mas é difícil ver isto sem ver o Planet Terror do Rodriguez. Desde que li sobre isso no New York Times em Janeiro que fiquei completamente ansioso pela chegada do filme cá, e saber que nunca chegará é bastante mau. Sobre o diálogo, guardei algures isto desse mesmo artigo, que já não dá para ler online:
Mr. Tarantino called his female characters’ dialogue, which simultaneously evokes both “Sex and the City” and teenage girls’ MySpace profiles, “some of the best dialogue I’ve ever written in my life.” After finishing the script he sent it to Bob Dylan, because he thought Mr. Dylan “would appreciate the wordplay.” He has not yet heard back.
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