Há algum tempo, talvez há um ano, costumava pensar que todas as bandas de emo new school eram horrendas. Algumas são. Gym Class Heroes ainda é das piores bandas de sempre, que não haja dúvidas disso. E deve ter sido por causa deles que inflacionei o meu ódio pelos Fall Out Boy, visto serem protegidos dele. Nunca ouvi discos de nenhumas destas bandas, mas, pegando nos singles mais recentes dos My Chemical Romance, a partir de "Welcome to the Black Parade" e até "Teenagers", e no "This Ain't A Scene, It's an Arms Race" dos Fall Out Boy, há que admitir algumas coisas.
"Welcome to the Black Parade" tem duas partes óptimas, para além da guitarra à Queen que passa por todo o lado, o refrão "We'll carry on" é bastante bom e a ponte lá para o fim que se sobrepõe a ela também. O resto não é tão bom, mas também não é mau e essa espera vale muito a pena para chegar àquilo. "This Ain't a Scene" teve direito a uma remistura bastante má do Kanye West (eles são amigos do Jay-Z e até tiraram coisas do início do "Takeover": "The takeover, the break's over") e a canção, no geral, não é grande coisa. Tem algo a ver com o arranjo, a ponte (que é quase um primeiro refrão) poderia funcionar se estivesse tocado de outra forma, mas não funciona. O refrão com "I'm a leading man" é incrível, um óptimo momento pop para qualquer banda do mundo. Seria melhor se a letra fosse como a entendi da primeira vez que a ouvi, ou seja, "I'm a leading man, I'm so emo, I'm so intricate", mas não é (é "the lies I weave are so intricate, pelos vistos").
Estas bandas têm canções com partes muito boas e outras não tanto, e gostam bastante disso, de usar muitas partes diferentes, como se pertencessem a várias canções - podiam ser feitas várias canções a partir das várias partes -, e isto tem sempre resultados variáveis, havendo partes boas e partes más. Em "Teenagers", os My Chemical Romance apercebem-se de que seria impossível chegar ao nível do refrão e, portanto, a canção é basicamente a mesma melodia repetida, um pouco mais baixa e com uma ou outra alteração no verso e alta no refrão. E é gloriosa, um single óptimo, com um refrão extremamente cantarolável para muita gente (um singalong, como se diria em americano), que no fim até tem cowbell a marcar o tempo. "Teenagers scare the living shit out of me".
Claro, a maquilhagem e o baixista dos Fall Out Boy ainda são elementos a desprezar por qualquer pessoa do mundo, bem como as legiões de fãs de ambas as bandas. Mas parece-me que há aqui muito bons elementos, coisas que poderiam ser muito boas canções, e que esta gente não é, de todo, parva. Os Fall Out Boy parecem passar a vida a gozar com eles próprios, e, no geral, esta gente não se leva muito a sério. E ainda bem.
"Welcome to the Black Parade" tem duas partes óptimas, para além da guitarra à Queen que passa por todo o lado, o refrão "We'll carry on" é bastante bom e a ponte lá para o fim que se sobrepõe a ela também. O resto não é tão bom, mas também não é mau e essa espera vale muito a pena para chegar àquilo. "This Ain't a Scene" teve direito a uma remistura bastante má do Kanye West (eles são amigos do Jay-Z e até tiraram coisas do início do "Takeover": "The takeover, the break's over") e a canção, no geral, não é grande coisa. Tem algo a ver com o arranjo, a ponte (que é quase um primeiro refrão) poderia funcionar se estivesse tocado de outra forma, mas não funciona. O refrão com "I'm a leading man" é incrível, um óptimo momento pop para qualquer banda do mundo. Seria melhor se a letra fosse como a entendi da primeira vez que a ouvi, ou seja, "I'm a leading man, I'm so emo, I'm so intricate", mas não é (é "the lies I weave are so intricate, pelos vistos").
Estas bandas têm canções com partes muito boas e outras não tanto, e gostam bastante disso, de usar muitas partes diferentes, como se pertencessem a várias canções - podiam ser feitas várias canções a partir das várias partes -, e isto tem sempre resultados variáveis, havendo partes boas e partes más. Em "Teenagers", os My Chemical Romance apercebem-se de que seria impossível chegar ao nível do refrão e, portanto, a canção é basicamente a mesma melodia repetida, um pouco mais baixa e com uma ou outra alteração no verso e alta no refrão. E é gloriosa, um single óptimo, com um refrão extremamente cantarolável para muita gente (um singalong, como se diria em americano), que no fim até tem cowbell a marcar o tempo. "Teenagers scare the living shit out of me".
Claro, a maquilhagem e o baixista dos Fall Out Boy ainda são elementos a desprezar por qualquer pessoa do mundo, bem como as legiões de fãs de ambas as bandas. Mas parece-me que há aqui muito bons elementos, coisas que poderiam ser muito boas canções, e que esta gente não é, de todo, parva. Os Fall Out Boy parecem passar a vida a gozar com eles próprios, e, no geral, esta gente não se leva muito a sério. E ainda bem.
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