quarta-feira, julho 04, 2007

Super Bock Super Rock, previsão para o segundo dia do segundo acto

Não, também não vou, mas há boas notícias: os Rapture foram cancelados. Antes de alguém sequer saber que os LCD Soundsystem existiam, há cinco anos, os Rapture eram uma banda de singles óptimos que ainda hoje são clássicos das pistas de dança. Quem disser que "House of Jealous Lovers" não é das melhores que James Murphy produziu está a mentir. Se os LCD Soundsystem nunca tivessem existido, esse disco dos Rapture - que não era, de todo, um grande disco do início ao fim, apesar disso - e a existência da DFA - especialmente das remisturas - garantiria ao James Murphy um lugar na música do início dos anos 2000. Claro que o segundo disco era aborrecido, tirando o single, e a pior coisa que o Danger Mouse produziu na vida, provavelmente. Tornaram-se tremendamente banais, sem terem capacidade para fazer uma coisa mais convencional. Mesmo assim, devem ser bons ao vivo, daí ser uma boa notícia.
O Sly Stone vai voltar e há uma reportagem de sete páginas na Vanity Fair de Agosto sobre isso. É do David Kamp, que passou anos e anos a tentar encontrá-lo. Tem o seguinte excerto, que não tem interesse musical absolutamente nenhum mas é bastante interessante:

The obvious allusion to the current war jars me, and I soon realize why: Stone has been absent from the scene for such a duration that it's hard to imagine that he was with us all along, experiencing all the things we experienced over the years—the fall of the Berlin Wall, the collapse of the Soviet Union, Nelson Mandela's release from prison, the rise of the World Wide Web, the attacks on 9/11, the invasion of Iraq. It's almost as if he went into a decades-long deep freeze, like Austin Powers or the astronauts in Planet of the Apes. Except he didn't. "Did you do normal-person things?" I ask about the missing years. "Did you watch Cheers in the 80s and Seinfeld in the 90s? Do you watch American Idol now? Do you have a normal life or more of a Sly Stone life?"

"I've done all that," he says. "I do regular things a lot. But it's probably more of a Sly Stone life. It's probably … it's probably not very normal."


É uma boa leitura, como costumam ser os artigos longos da Vanity Fair.

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