Acho que já não gosto de Pixies. Não é não gostar, é ter-me fartado. Mas porquê? Analisemos as razões. Vi-os duas vezes. A primeira foi, basicamente, na altura, o melhor concerto que já vi na vida. Porquê? Porque era algo com que sonhava desde os 11 anos, algo que eu nunca pensaria vir a acontecer. Mas aconteceu. Aconteceu e foi muito bom. Não esperava, obviamente, que houvesse uma segunda vez. Mas houve. E o problema deste tipo de reuniões é que, se não houver nada de novo, tem-se a mesma coisa pela segunda vez. A primeira vez era irrepetível, a segunda foi igual. Isso estragou tudo.
Estava lá à frente, não me estava a divertir nada, e por isso vim cá para trás. Aí comecei a divertir-me à força, porque não havia mais nada para fazer e era preciso aproveitar. Mas não teve absolutamente nada a ver com a primeira vez. Suspeito que não haverá uma terceira. Não vai haver uma terceira. Mas porquê? Talvez tenha a ver com o que o Rob Sheffield - com o seu ar de Thurston Moore vai ao That '70s Show - da Rolling Stone uma vez escreveu sobre os Velvet Underground: "We understand this music so well because every corner of it has been absorbed. VU studio goofs have become established sub-genres." Porque já tudo foi absorvido pelo mundo da música e não faz muito sentido estar sempre a repetir a mesma coisa.
Nunca mais peguei nos Pixies depois daquela noite em 2004. Não fazia sentido algum voltar a ouvir aquilo. Se estivesse a passar em algum lado, gostava, obviamente, lembro-me até vagamente de ouvir o Doolittle depois de não ter visto um jogo qualquer do Euro, mas acho que essa foi a última vez que os ouvi. O que é uma pena, porque foram a minha banda favorita para aí dos 11 aos 16 ou 17 anos. Talvez tenha sido a reunião a estragar tudo, não sei. Talvez outras bandas percam com uma reunião, talvez eu desista delas após ver dois concertos de uma reunião. Não sei. Não é não gostar, é não ter necessidade de gostar.
Estava lá à frente, não me estava a divertir nada, e por isso vim cá para trás. Aí comecei a divertir-me à força, porque não havia mais nada para fazer e era preciso aproveitar. Mas não teve absolutamente nada a ver com a primeira vez. Suspeito que não haverá uma terceira. Não vai haver uma terceira. Mas porquê? Talvez tenha a ver com o que o Rob Sheffield - com o seu ar de Thurston Moore vai ao That '70s Show - da Rolling Stone uma vez escreveu sobre os Velvet Underground: "We understand this music so well because every corner of it has been absorbed. VU studio goofs have become established sub-genres." Porque já tudo foi absorvido pelo mundo da música e não faz muito sentido estar sempre a repetir a mesma coisa.
Nunca mais peguei nos Pixies depois daquela noite em 2004. Não fazia sentido algum voltar a ouvir aquilo. Se estivesse a passar em algum lado, gostava, obviamente, lembro-me até vagamente de ouvir o Doolittle depois de não ter visto um jogo qualquer do Euro, mas acho que essa foi a última vez que os ouvi. O que é uma pena, porque foram a minha banda favorita para aí dos 11 aos 16 ou 17 anos. Talvez tenha sido a reunião a estragar tudo, não sei. Talvez outras bandas percam com uma reunião, talvez eu desista delas após ver dois concertos de uma reunião. Não sei. Não é não gostar, é não ter necessidade de gostar.
2 comentários:
Apesar de ter todos os discos deles, não tenho nenhuma compulsão de os ouvir precisamente porque não merecem mais tempo de audição. Gosto de os ouvir aqui e ali, involuntariamente ou para agradar outros, mas não quero overdoses, por favor.
Como os perdi em 1991 (ou 1992, não me lembro bem) e em 2004 por motivos de força maior, vivi com intensidade o concerto deles em Paredes de Coura, mas não queria voltar a vê-los. Foi um ciclo que se fechou, como disse um amigo meu. Vivam os Pixies, mas não em palco.
Apesar de também achar que deviam ter acabado definitivamente, os Pixies são, sem dúvida, uma das melhores bandas de sempre.
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