Sentado à espera do autocarro às 11 e muito da noite em Alcântara (é a primeira vez em muito tempo que saio de um concerto a horas de apanhar o autocarro para voltar para casa, não acontece muito), não há melhor para ouvir que "Lost in Boston", do novo dos Walkmen. Parece que é exactamente a mesma coisa que era o disco anterior: um disco dispensável, com um tipo que não sabe cantar, que tem uma voz horrível, com umas guitarras interessantes aqui e ali, mas com uma malha intemporal no meio. No anterior era "The Rat", uma malha absoluta que enche qualquer pista de dança (pelo menos gostava que assim fosse, na última vez que fui ao Incógnito isso não aconteceu).
Ficava mal referir os Dismemberment Plan porque o grande Nick Sylvester já fez a referência no título de um post do blog dele ("The Ice of Boston" é, simultaneamente, a melhor canção de sempre sobre uma cidade a que nunca fui e a melhor canção de ano novo de sempre). Mas, afinal, se não fosse ele e o tipo do No Frontin', nunca teria reparado naquilo, porque não tinha grande interesse em ouvir o novo disco dos Walkmen. Mas não havia melhor para a noite de ontem, com a Alcântara suja e decadente à minha frente. E hoje, no caminho Campo Pequeno-Marquês de Pombal, a canção exigiu umas três ou quatro repetições após ter ouvido o disco inteiro. Não é uma malha como era "The Rat", é menos poderosa, apesar de ter guitarras e bateria pungentes. A voz do gajo anda por lá em divagações e desafinações que não deviam ser nada, mas é nestes raros casos que o tipo acerta. É uma canção tão boa, mas será que teria dado por ela se não tivesse sido influenciado pelo Sylvester e pelo outro gajo? Será que isso interessa?
No outro dia ouvi o Brown Sugar do D'Angelo a seguir ao Voodoo. Gosto mais do Voodoo. É mais orgânico. Será que isso faz de mim roquista?
Ficava mal referir os Dismemberment Plan porque o grande Nick Sylvester já fez a referência no título de um post do blog dele ("The Ice of Boston" é, simultaneamente, a melhor canção de sempre sobre uma cidade a que nunca fui e a melhor canção de ano novo de sempre). Mas, afinal, se não fosse ele e o tipo do No Frontin', nunca teria reparado naquilo, porque não tinha grande interesse em ouvir o novo disco dos Walkmen. Mas não havia melhor para a noite de ontem, com a Alcântara suja e decadente à minha frente. E hoje, no caminho Campo Pequeno-Marquês de Pombal, a canção exigiu umas três ou quatro repetições após ter ouvido o disco inteiro. Não é uma malha como era "The Rat", é menos poderosa, apesar de ter guitarras e bateria pungentes. A voz do gajo anda por lá em divagações e desafinações que não deviam ser nada, mas é nestes raros casos que o tipo acerta. É uma canção tão boa, mas será que teria dado por ela se não tivesse sido influenciado pelo Sylvester e pelo outro gajo? Será que isso interessa?
No outro dia ouvi o Brown Sugar do D'Angelo a seguir ao Voodoo. Gosto mais do Voodoo. É mais orgânico. Será que isso faz de mim roquista?
1 comentário:
O "The Rat" vale pelo disco todo.
Ser orgânico não é ser roqueiro. Ainda por cima, hoje em dia, o rock parece mais programado.
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