Nunca me meti nos Yeah Yeah Yeahs. Não sei o que estava a fazer em 2003 quando não ouvi, de todo, Fever to Tell. Aliás, acho que a primeira vez que ouvi uma canção dos Yeah Yeah Yeahs foi em 2005. Acho que "Maps" talvez seja uma canção razoável. Ao fazer a minha ronda matinal (nunca é matinal, é quando me dá na cabeça) de blogs de mp3, deparei-me com uma versão dos Arcade Fire dessa canção.
Fui ao Incógnito algumas vezes (aliás, deve ter sido lá que ouvi pela primeira vez "Maps"), e chego à conclusão de que os Arcade Fire e os Yeah Yeah Yeahs são a mesma banda (da mesma forma que St. Elsewhere dos Gnarls Barkley é o equivalente de 2006 ao The Love Below dos Outkast: pela resposta do público e não por motivos sonoros). São adorados pelas mesmas pessoas que, à excepção do revivalismo do rock e do pós-punk versão MTV2, não ouvem música moderna, acham que a música acabou nos anos 80. Mas conseguem elevar-se acima dessas bandas, criando algo que, apesar de derivativo, não pode ser acusado de copiar nada de especial. Então, uma versão de "Maps" pelos Arcade Fire há-de ser o sonho erótico de muita gente que conheço. Não?
As vozes dos Arcade Fire são mais ou menos basicamente uma merda, acho que todos concordamos com isso, cantam mil vezes pior que a Karen O, apesar de eu gostar mais deles do que dos Yeah Yeah Yeahs. O baterista também não é grande coisa e, especialmente aqui, nesta versão, nota-se a sua incompetência quando comparado com o outro gajo que parece indiano e usa óculos dos YYYs. Despojada da produção magnífica de David Andrew Sitek (a terceira banda deste trio, muito acima das outras duas, poderá ser TV on the Radio, e isso faz-me dormir tão melhor à noite) e da guitarra do outro tipo cujo apelido é quase onomatopeico, não soa assim tão bem. E aqui está, uma versão tão óbvia e tão fácil que até é corajosa. Não? Dou dois meses até estar na playlist do Incógnito e passar todas as noites, entre a enésima emulação dos Joy Division ou entre os vários temas dos próprios Joy Division que lá passam, para deleite daquelas pessoas que revivem noite após noite após noite 2003 e 2004 (ou 2005, porque em 2004 pensavam que Arcade Fire era muito esquisito e demasiado alternativo para eles, ou porque não têm acesso nenhum à imprensa estrangeira).
Fui ao Incógnito algumas vezes (aliás, deve ter sido lá que ouvi pela primeira vez "Maps"), e chego à conclusão de que os Arcade Fire e os Yeah Yeah Yeahs são a mesma banda (da mesma forma que St. Elsewhere dos Gnarls Barkley é o equivalente de 2006 ao The Love Below dos Outkast: pela resposta do público e não por motivos sonoros). São adorados pelas mesmas pessoas que, à excepção do revivalismo do rock e do pós-punk versão MTV2, não ouvem música moderna, acham que a música acabou nos anos 80. Mas conseguem elevar-se acima dessas bandas, criando algo que, apesar de derivativo, não pode ser acusado de copiar nada de especial. Então, uma versão de "Maps" pelos Arcade Fire há-de ser o sonho erótico de muita gente que conheço. Não?
As vozes dos Arcade Fire são mais ou menos basicamente uma merda, acho que todos concordamos com isso, cantam mil vezes pior que a Karen O, apesar de eu gostar mais deles do que dos Yeah Yeah Yeahs. O baterista também não é grande coisa e, especialmente aqui, nesta versão, nota-se a sua incompetência quando comparado com o outro gajo que parece indiano e usa óculos dos YYYs. Despojada da produção magnífica de David Andrew Sitek (a terceira banda deste trio, muito acima das outras duas, poderá ser TV on the Radio, e isso faz-me dormir tão melhor à noite) e da guitarra do outro tipo cujo apelido é quase onomatopeico, não soa assim tão bem. E aqui está, uma versão tão óbvia e tão fácil que até é corajosa. Não? Dou dois meses até estar na playlist do Incógnito e passar todas as noites, entre a enésima emulação dos Joy Division ou entre os vários temas dos próprios Joy Division que lá passam, para deleite daquelas pessoas que revivem noite após noite após noite 2003 e 2004 (ou 2005, porque em 2004 pensavam que Arcade Fire era muito esquisito e demasiado alternativo para eles, ou porque não têm acesso nenhum à imprensa estrangeira).
1 comentário:
Foi um regalo ler este teu post. Coragem e sinceridade não te faltam.
Realmente os tipos dos Arcade Fire não têm grande voz, mas isso não os impediu de fazerem um grande disco.
Essa comparação do "St. Elsewhere" com o "The Love Below" já me tinha ocorrido e já a tinha comentado com amigos.
Quanto a revivalismos, acho-lhes um certa piada (já achei mais).
Porque raio não passa hip hop no Incógnito? Sabes, há tempos estive quase para combinar uma ida a Lx e uma sessão no Inc, e fazia questão de passar algum hip hop, entre clássicos e modernos, só para ver a reacção das pessoas. Infelizmente, ficou tudo em águas de bacalhau.
Vou continuar a seguir-te. És o meu hype do momento. Abraço!
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