Como maneira de pilhar sem misericórdia o Nick Sylvester - que entretanto escreve na Wire e na Stylus, ainda bem, não faço ideia se há muito ou há pouco tempo, é sempre bom lê-lo -, decidi convidar amigos para as listas parvas que tenho andado a fazer.
Joana Lima é da Figueira da Foz e diz que já viu o Alex James e droga. Não sei bem a história, mas era minha colega n'Os Fazedores de Letras - inevitavelmente e, tal como eu, fartou-se da falta de rumo daquilo, ou então estava só aborrecida - e gosta de Clipse. Isso faz dela, automaticamente, boa pessoa, visto gostar de gente que vende droga. O texto e as razões que se seguem não são da minha autoria, nem da minha responsabilidade (na verdade nem sei quem é metade desta gente, à hora dos Castanets na ZDB eu estava provavelmente vestido de palhaço e podia jurar que os Cansei de Ser Sexy roubaram "aquela" linha de baixo aos Spoon) e devo só adicionar que a Joana é gira. Obrigado.
Aqui vai:
5. Mary-Kate Olsen Em 2006 a gémea da Ashley, que já é maior já desistiu da faculdade e já imitou o penteado do Nosso Senhor Jesus Cristo, fez-se passar por uma Chlöe Sevigny mais fofinha e lembrou ao mundo que foi o Marc Jacobs que deu o grunge ao mundo. No meio de passeatas por Nova Iorque com uma infindável colecção de copos do Starbucks, MK provou que a única coisa necessária para se rockar o look sem-abrigo e relembrar que o Gus Van Sant fez um dos melhores filmes de 2005 é vestir uma camisa de flanela axadrezada com botas compensadas. Nunca foi avistada de I-Pod mas eu quero acreditar que tudo se deve ao Rather Ripped dos Sonic Youth que ela ouve numa Bang & Olufsen ao chegar à sua casinha de lenhadora forrada a madeira e perfeita para uma festa Cobra Snake.
4. Raymond Raposa O senhor cantautor que dá pelo nome de Castanets veio à ZDB. Deu um concerto e até era noite de Carnaval. Fazia frio. Na rua havia serpentinas e confetti e gritos e máscaras pouco imaginativas e máscaras cómicas e máscaras completamente saídas do Party Monster. Dentro do Aquário da Galeria Zé dos Bois, os disfarces não vinham sob a forma de fatos de aluguer. E o Ray Raposa tinha um boné à camionista americano (não sei porque os europeus nunca usam chapéu) de xadrez. Estou em crer que era de flanela, mas não lhe toquei. Bastou ouvir "It’s alright / To want more than this" para as mãos aquecerem.
3. Cansei de Ser Sexy Os brasileiros (sim, há um mocinho com bigode lá pelo meio) mais fixes desde o elenco de Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa apareceram em 2005. Mas foi no corrente ano que espalharam todo o esplendor da sua parvoíce pelo mundo abençoado pelo YouTube. Alala alala e sai um videoclip em que as miúdas lutam e sangram dentro de prisões de lamé em jeito de vestidos. Isto não parece muito confortável, mas é giro. E talvez demasiado anos oitenta. E talvez do facto de o vídeo contar uma briga em rewind - do fim para um início em que não jorrava sangue - brote a ideia de que a flanela conforta mais do que penteados do WIP.
2./1. Karen O + Liars Há coisas que não se separam. O CD-R violeta onde a Karen O gravou dezasseis músicas acompanhadas de um poema do Oscar Wilde (límpido como todos os poemas do Oscar Wilde) para o seu Angus Andrew e que foi roubado por um fã da casa de um dos TV on the Radio não se pode separar da "The Other Side of Mt. Heart Attack" que os Liars souberam guardar para o fim do Drum's Not Dead. Porque o amor é como uma flanela boa - sobrevive a festas de kuduro progressivo em Lisboa e a ataques cardíacos em cima de um skate berlinense.
Joana Lima é da Figueira da Foz e diz que já viu o Alex James e droga. Não sei bem a história, mas era minha colega n'Os Fazedores de Letras - inevitavelmente e, tal como eu, fartou-se da falta de rumo daquilo, ou então estava só aborrecida - e gosta de Clipse. Isso faz dela, automaticamente, boa pessoa, visto gostar de gente que vende droga. O texto e as razões que se seguem não são da minha autoria, nem da minha responsabilidade (na verdade nem sei quem é metade desta gente, à hora dos Castanets na ZDB eu estava provavelmente vestido de palhaço e podia jurar que os Cansei de Ser Sexy roubaram "aquela" linha de baixo aos Spoon) e devo só adicionar que a Joana é gira. Obrigado.
Aqui vai:
Cinco razões para usar uma peça de flanela axadrezada em 2006
5. Mary-Kate Olsen Em 2006 a gémea da Ashley, que já é maior já desistiu da faculdade e já imitou o penteado do Nosso Senhor Jesus Cristo, fez-se passar por uma Chlöe Sevigny mais fofinha e lembrou ao mundo que foi o Marc Jacobs que deu o grunge ao mundo. No meio de passeatas por Nova Iorque com uma infindável colecção de copos do Starbucks, MK provou que a única coisa necessária para se rockar o look sem-abrigo e relembrar que o Gus Van Sant fez um dos melhores filmes de 2005 é vestir uma camisa de flanela axadrezada com botas compensadas. Nunca foi avistada de I-Pod mas eu quero acreditar que tudo se deve ao Rather Ripped dos Sonic Youth que ela ouve numa Bang & Olufsen ao chegar à sua casinha de lenhadora forrada a madeira e perfeita para uma festa Cobra Snake.
4. Raymond Raposa O senhor cantautor que dá pelo nome de Castanets veio à ZDB. Deu um concerto e até era noite de Carnaval. Fazia frio. Na rua havia serpentinas e confetti e gritos e máscaras pouco imaginativas e máscaras cómicas e máscaras completamente saídas do Party Monster. Dentro do Aquário da Galeria Zé dos Bois, os disfarces não vinham sob a forma de fatos de aluguer. E o Ray Raposa tinha um boné à camionista americano (não sei porque os europeus nunca usam chapéu) de xadrez. Estou em crer que era de flanela, mas não lhe toquei. Bastou ouvir "It’s alright / To want more than this" para as mãos aquecerem.
3. Cansei de Ser Sexy Os brasileiros (sim, há um mocinho com bigode lá pelo meio) mais fixes desde o elenco de Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa apareceram em 2005. Mas foi no corrente ano que espalharam todo o esplendor da sua parvoíce pelo mundo abençoado pelo YouTube. Alala alala e sai um videoclip em que as miúdas lutam e sangram dentro de prisões de lamé em jeito de vestidos. Isto não parece muito confortável, mas é giro. E talvez demasiado anos oitenta. E talvez do facto de o vídeo contar uma briga em rewind - do fim para um início em que não jorrava sangue - brote a ideia de que a flanela conforta mais do que penteados do WIP.
2./1. Karen O + Liars Há coisas que não se separam. O CD-R violeta onde a Karen O gravou dezasseis músicas acompanhadas de um poema do Oscar Wilde (límpido como todos os poemas do Oscar Wilde) para o seu Angus Andrew e que foi roubado por um fã da casa de um dos TV on the Radio não se pode separar da "The Other Side of Mt. Heart Attack" que os Liars souberam guardar para o fim do Drum's Not Dead. Porque o amor é como uma flanela boa - sobrevive a festas de kuduro progressivo em Lisboa e a ataques cardíacos em cima de um skate berlinense.
1 comentário:
Oi, gostei do seu blog. Quer dar uma olhada no meu?
Bruna
www.oygevalt-bruna.blogspot.com
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