O Wayne Coyne deu-me um abraço. Pouco tempo depois, o Esau Mwamwaya deu-me um abraço. Eu, que não sou abraçável por aí além (não é bem falta de auto-estima, é só que raramente há gente a abraçar-me pouco tempo depois de me conhecer), não pedi nada. Eles é que me quiseram abraçar, de livre vontade. Antes disso tudo, os Very Best tinham tocado para praticamente ninguém, como a Rye Rye ainda antes e os Flaming Lips depois. É quase criminoso desperdiçar cartazes destes em festivais que não são feitos para ver música e onde se pode andar durante três ou quatro dias sem ouvir absolutamente nada. Mas, obviamente, os Flaming Lips foram mágicos. O Wayne Coyne, apesar de ser perigosamente parecido com um hippie, não merece um tiro na cabeça. Não sabe não entreter e desligar. O Wayne Coyne é entretenimento, além de fazer música incrível. Lembra-me um pouco o Nile Rodgers (sem a importância histórica): podia ficar a vê-los a existir, meramente, durante horas e horas a fio, ou para sempre (um bocado como o Christopher Guest e a banda britânica). E nunca me aborreceria. Enfim, o Wayne Coyne merece um abraço (mesmo que seja ele próprio a dá-lo). Dormi num carro num parque de estacionamento e no dia a seguir num hotel de cinco estrelas. No T-Club do Algarve vi a maior concentração de jogadores de polo ao peito de sempre (não consigo compreender aqueles modelos com um jogador de polo gigante e números nas mangas dos polos) e um imigrante britânico veio-me pedir Average White Band. Se calhar fez parte deles. É o tipo de coisa que um membro dos Average White Band faria, reformar-se e ir viver para o Algarve, apanhar sol e usar jogadores de polo ao peito até ao final da vida. Passei BATIDA (gosto imenso de BATIDA) e ninguém se importou, até gostaram, o que é bom, mas ninguém me abraçou. Aposto que se o Wayne Coyne e o Esau Mwamwaya lá estivessem teria recebido no mínimo dois abraços.
quinta-feira, setembro 02, 2010
Caro Verão
O Wayne Coyne deu-me um abraço. Pouco tempo depois, o Esau Mwamwaya deu-me um abraço. Eu, que não sou abraçável por aí além (não é bem falta de auto-estima, é só que raramente há gente a abraçar-me pouco tempo depois de me conhecer), não pedi nada. Eles é que me quiseram abraçar, de livre vontade. Antes disso tudo, os Very Best tinham tocado para praticamente ninguém, como a Rye Rye ainda antes e os Flaming Lips depois. É quase criminoso desperdiçar cartazes destes em festivais que não são feitos para ver música e onde se pode andar durante três ou quatro dias sem ouvir absolutamente nada. Mas, obviamente, os Flaming Lips foram mágicos. O Wayne Coyne, apesar de ser perigosamente parecido com um hippie, não merece um tiro na cabeça. Não sabe não entreter e desligar. O Wayne Coyne é entretenimento, além de fazer música incrível. Lembra-me um pouco o Nile Rodgers (sem a importância histórica): podia ficar a vê-los a existir, meramente, durante horas e horas a fio, ou para sempre (um bocado como o Christopher Guest e a banda britânica). E nunca me aborreceria. Enfim, o Wayne Coyne merece um abraço (mesmo que seja ele próprio a dá-lo). Dormi num carro num parque de estacionamento e no dia a seguir num hotel de cinco estrelas. No T-Club do Algarve vi a maior concentração de jogadores de polo ao peito de sempre (não consigo compreender aqueles modelos com um jogador de polo gigante e números nas mangas dos polos) e um imigrante britânico veio-me pedir Average White Band. Se calhar fez parte deles. É o tipo de coisa que um membro dos Average White Band faria, reformar-se e ir viver para o Algarve, apanhar sol e usar jogadores de polo ao peito até ao final da vida. Passei BATIDA (gosto imenso de BATIDA) e ninguém se importou, até gostaram, o que é bom, mas ninguém me abraçou. Aposto que se o Wayne Coyne e o Esau Mwamwaya lá estivessem teria recebido no mínimo dois abraços.
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