Há uns meses, entrevistei o Rostam Batmanglij e, além de me ter esquecido de lhe perguntar, como provavelmente lhe perguntaram mil vezes, se não era estranho ter como apelido "BATMANglij" e pertencer a uma banda chamada "Vampire Weekend", deu-me para falar sobre o mundo dos betos. "Cresci à volta dele, até certo ponto, mas nunca senti que fosse o meu mundo", disse-me ele, e eu apressei-me a dizer que também tinha sido assim comigo. Antes disso, contou-me que o seu interesse nesse mundo era puramente estético. Tal como o meu. Porque, apesar de eu vestir praticamente só camisas e polos, usar sapatos de vela e nunca andar desfraldado – "qualidades" que se podem aplicar apenas a betos vintage, e que pouca ou nenhuma importância têm hoje em dia –, orgulho-me de pouco ou nada ter a ver com betos a sério. Isto porque a generalidade dos betos inclui algumas das PIORES PESSOAS QUE JÁ EXISTIRAM NO MUNDO. Gente racista, misógina, ignorante, estúpida, sexista, homofóbica, altamente idiota, sem horizontes para expandir, com mentalidades fechadas e retrógadas e atitudes altamente detestáveis. Acabo de perceber que podia dizer isto tudo do Archie Bunker, mas o Archie Bunker tinha um coração e não fazia por mal. Os betos fazem por mal. Pode ser como tudo na vida, todos os grupos têm pessoas boas, pessoas más, pessoas assim-assim e o caraças. Não quero dizer que o campino do símbolo da Ralph Lauren torna as pessoas piores, mas hoje, depois de, na semana passada, ter lidado com betos poucos sérios que têm um ar bastante vintage e são uns idiotas de merda, apetece-me odiar betos, tendo em conta que as piores pessoas com que já me cruzei na vida eram betos. Ainda vou, contudo, gostar do Whit Stillman e divertir-me.
1 comentário:
ufa! antes os betos que os rockabillies ;)
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