sexta-feira, agosto 04, 2006

Arthur Lee

Aconteceu-me a mesma coisa quando o John Peel morreu. No dia em que se descobriu que tinha morrido, estava a explicar ao meu irmão quem ele era. "Não sabes quem é o John Peel?" E, pouco depois, ele tinha morrido. Hoje, não faço ideia porquê, quando acordei quis ouvir o Forever Changes dos Love. Alguma vez o teria ouvido pela primeira vez se não tivesse lido que era um grande disco? Não me parece, não é propriamente de um género que me atraia muito, mas graças a listas e listas dos melhores discos de sempre, conheci-o.
E hoje ouvi o Forever Changes. E pensava na personalidade maior-do-que-a-vida de Arthur Lee, da entrevista que ele deu ao Blitz há dois anos ou três anos, em que provava estar completamente louco. Mas não interessa. Há umas semanas, invejava o Robert Christgau, por ter feito 60 anos e ter passado o mês de Junho a ver concertos. Um deles era um tributo aos Love com imensa gente interessante, incluíndo os Yo La Tengo. Lembro-me de pensar que gostava de ser assim quando fosse grande. Mas o Christgau vive em Nova Iorque, esteve lá em quase todas as maiores revoluções musicais daquela cidade dos últimos 30-40 anos, aposto que tratava os seguranças do CBGB pelo nome próprio, etc. Era um artigo bestial, e tinha há pouco tempo comprado a reedição de 2001 do Forever Changes por um preço estupidamente barato. E hoje ouvi o disco.
Não posso dizer que conheça mais discos dele, mas não me lembro de não gostar daquele disco. Agora descobri que ele morreu, no dia em que me apeteceu, não sei por que raio, tirar o disco da caixa e ouvi-lo. É um dia triste.

2 comentários:

Anónimo disse...

Poseur,
No CBGB não gostavam muito da amélia Robert Christgau.
Mais para mais depois de ter andado lá dentro ao murro com o James White.
Quem é que liga a esse idiota(tu e o Christgau)?

Anónimo disse...

Como é possível não o odiar?
Toda a gente odeia os fala-barato, com os seus consumer-guides/blogs e/ou cultura readymade.