E é este.
segunda-feira, dezembro 22, 2008
sábado, dezembro 20, 2008
2009 3
Ainda outro conceito implícito: o Christopher Guest, o Harry Shearer e o Michael McKean (ou seja, os Spinal Tap e os Folksmen) são talvez o expoente máximo desse tipo de coisa.
sexta-feira, dezembro 19, 2008
2009 2
O que está subentendido é que o Christopher Guest fez uma carreira inteira (brilhante) a partir da observação daquela cena. E momentos musicais que resultam em comédia portuguesa: os do fim d'O Programa do Aleixo. Porque não são canções originais.
2009
A história que o Christopher Guest contou de estar num hotel e ver o manager de uma banda inglesa a falar do baixista de uma banda de rock inglesa e pensar que podia ficar até ao final dos seus dias a assistir à troca idiota de palavras é a melhor parte do encontro entre o Ricky Gervais e o Christopher Guest, dois génios (prémio de consolação: o Guest a explicar que fica às vezes um ano sem fazer nada, sem ter uma única ideia, e que os filmes dele demoram imenso tempo a passar do pensamento à concretização). Um, claro, influenciou imensamente o outro, como fosse sequer concebível o The Office sem o This is Spinal Tap e o Waiting For Guffman (o Best in Show não deve ter saído a tempo de figurar como influência).
São os dois brilhantes fora desses dois contextos que são os seus expoentes máximos (o Guest é grande em praticamente tudo o que faz, especialmente pequenos papéis em filmes, conseguiu fazer com que a Jamie Lee Curtis casasse com ele; o Ricky Gervais tem o Extras, os espectáculos e milhares de coisas óptimas, nomeadamente o blog), e são os dois incríveis juntos nesta entrevista (muito melhor que a do Gervais ao Garry Shandling, outra influência-chave dele por causa do Larry Sanders Show). E já estiveram juntos em For Your Consideration, vão estar no Night at the Museum 2 (presumo que não contracenarão juntos), mas 2009 vai ser o melhor ano de sempre porque vai sair o This Side of the Truth, a estreia na realização do Gervais com praticamente toda a gente que interessa no mundo hoje em dia (sem qualquer tipo de exagero, basta provar aqui).
Não é só pelo filme, claro, 2009 também assistirá à ascensão do Aziz Ansari, a mais brilhante mente cómica nascida nos anos 80. No spin-off que não é spin-off do The Office americano que levou a que a Amy Poehler a sair do Saturday Night Live (quase que chorei no discurso dela no final do Weekend Update na semana passada) e no Funny People do Apatow (outro acontecimento do ano).
O Tumblr dele é provavelmente a coisa com mais piada que eu conheço e vai ser uma pena vê-lo abandoná-lo quando ficar famoso até dizer chega (ou não, o Gervais não abandona o blog e é uma estrela internacional, o Patton Oswalt – outro tipo brilhante – esteve no King of Queens, uma série muito mais bem sucedida do que a em que o Aziz aparecerá alguma vez será, fez a voz principal do Ratatouille e escrevia no blog do MySpace, mas são blogs pós-fama – não se pode chamar ao Human Giant fama a sério).
2009 também trará a estreia em disco dos Lonely Island, o trio do qual faz parte o Andy Samberg, provavelmente – agora que não há Amy Poehler – o melhor membro do elenco do Saturday Night Live (o Bill Hader também é grande, a Kristen Wiig é muito melhor e mais versátil que muitos dos papéis que mostra lá, e há gente muito boa, só que o Fred Armisen foi parvo este fim-de-semana); as não-imitações de celebridades dele são geniais, "I'm *inserir nome de famoso*, wazaaaaa? Laterz" (e as imitações a sério também: Mark Wahlberg talks to animals=muito nível). A questão é que faz todo o sentido lançarem um disco: têm acesso a convidados bons e sabem que para criar uma boa canção de comédia ou uma boa paródia é adorar acima de tudo aquilo que estão a parodiar (o que se nota imenso, se se tirasse a parte cómica, muito daquilo funcionaria como canções a sério). O que é muito, muito mais do que a preguiça que muita gente costuma ter nestas coisas (especialmente os portugueses): não basta pegar num ou dois lugares comuns e ideias feitas e transformá-las em piada, é preciso saber como é que funciona o jogo.
Pegue-se no exemplo de "I Ran", para mim, um dos melhores momentos de humor desta década e algo de que nunca me farto (o que é estranho para algo que é humor tópico, que servia o propósito de gozar com a estadia de Mahmoud Ahmadinejad – consegui escrever o nome dele à primeira sem precisar de confirmação e é só por causa do meu amor pela canção – em Nova Iorque e os comentários sobre homossexuais). E tudo porque parece que é a sério. Como o Kanye West um dia percebeu, bastava um sample de piano triste e o Adam Levine dos Maroon 5 no refrão para fazer alguém chorar. E foi isso que o Samberg fez, para além de pegar no brilhante Fred Armisen (o Obama dele é muito bom, digam o que disserem) para imitar o Mahmoud, pôs o Adam Levine a cantar o refrão. A letra é óptima, e mesmo que tenha demorado pouco tempo a fazer (há sempre a pressão do programa e uma semana apenas), eles conheciam e sabiam como devia ser feito (aquele sample do Aphex Twin pedia uma canção assim, fora de qualquer comédia). E é essa a grande diferença entre eles e gente que não se dá sequer ao trabalho de saber um bocadinho sobre o que está a fazer. A entrevista deles na Pitchfork vale muito a pena (são amigos do Justin Timberlake e colaboram com o T-Pain, mas o Samberg tem um pedigree indie brutal: andou/anda com a Joanna Newsom, o que me faz invejá-lo de ainda mais uma maneira).
São os dois brilhantes fora desses dois contextos que são os seus expoentes máximos (o Guest é grande em praticamente tudo o que faz, especialmente pequenos papéis em filmes, conseguiu fazer com que a Jamie Lee Curtis casasse com ele; o Ricky Gervais tem o Extras, os espectáculos e milhares de coisas óptimas, nomeadamente o blog), e são os dois incríveis juntos nesta entrevista (muito melhor que a do Gervais ao Garry Shandling, outra influência-chave dele por causa do Larry Sanders Show). E já estiveram juntos em For Your Consideration, vão estar no Night at the Museum 2 (presumo que não contracenarão juntos), mas 2009 vai ser o melhor ano de sempre porque vai sair o This Side of the Truth, a estreia na realização do Gervais com praticamente toda a gente que interessa no mundo hoje em dia (sem qualquer tipo de exagero, basta provar aqui).
Não é só pelo filme, claro, 2009 também assistirá à ascensão do Aziz Ansari, a mais brilhante mente cómica nascida nos anos 80. No spin-off que não é spin-off do The Office americano que levou a que a Amy Poehler a sair do Saturday Night Live (quase que chorei no discurso dela no final do Weekend Update na semana passada) e no Funny People do Apatow (outro acontecimento do ano).
O Tumblr dele é provavelmente a coisa com mais piada que eu conheço e vai ser uma pena vê-lo abandoná-lo quando ficar famoso até dizer chega (ou não, o Gervais não abandona o blog e é uma estrela internacional, o Patton Oswalt – outro tipo brilhante – esteve no King of Queens, uma série muito mais bem sucedida do que a em que o Aziz aparecerá alguma vez será, fez a voz principal do Ratatouille e escrevia no blog do MySpace, mas são blogs pós-fama – não se pode chamar ao Human Giant fama a sério).
2009 também trará a estreia em disco dos Lonely Island, o trio do qual faz parte o Andy Samberg, provavelmente – agora que não há Amy Poehler – o melhor membro do elenco do Saturday Night Live (o Bill Hader também é grande, a Kristen Wiig é muito melhor e mais versátil que muitos dos papéis que mostra lá, e há gente muito boa, só que o Fred Armisen foi parvo este fim-de-semana); as não-imitações de celebridades dele são geniais, "I'm *inserir nome de famoso*, wazaaaaa? Laterz" (e as imitações a sério também: Mark Wahlberg talks to animals=muito nível). A questão é que faz todo o sentido lançarem um disco: têm acesso a convidados bons e sabem que para criar uma boa canção de comédia ou uma boa paródia é adorar acima de tudo aquilo que estão a parodiar (o que se nota imenso, se se tirasse a parte cómica, muito daquilo funcionaria como canções a sério). O que é muito, muito mais do que a preguiça que muita gente costuma ter nestas coisas (especialmente os portugueses): não basta pegar num ou dois lugares comuns e ideias feitas e transformá-las em piada, é preciso saber como é que funciona o jogo.
Pegue-se no exemplo de "I Ran", para mim, um dos melhores momentos de humor desta década e algo de que nunca me farto (o que é estranho para algo que é humor tópico, que servia o propósito de gozar com a estadia de Mahmoud Ahmadinejad – consegui escrever o nome dele à primeira sem precisar de confirmação e é só por causa do meu amor pela canção – em Nova Iorque e os comentários sobre homossexuais). E tudo porque parece que é a sério. Como o Kanye West um dia percebeu, bastava um sample de piano triste e o Adam Levine dos Maroon 5 no refrão para fazer alguém chorar. E foi isso que o Samberg fez, para além de pegar no brilhante Fred Armisen (o Obama dele é muito bom, digam o que disserem) para imitar o Mahmoud, pôs o Adam Levine a cantar o refrão. A letra é óptima, e mesmo que tenha demorado pouco tempo a fazer (há sempre a pressão do programa e uma semana apenas), eles conheciam e sabiam como devia ser feito (aquele sample do Aphex Twin pedia uma canção assim, fora de qualquer comédia). E é essa a grande diferença entre eles e gente que não se dá sequer ao trabalho de saber um bocadinho sobre o que está a fazer. A entrevista deles na Pitchfork vale muito a pena (são amigos do Justin Timberlake e colaboram com o T-Pain, mas o Samberg tem um pedigree indie brutal: andou/anda com a Joanna Newsom, o que me faz invejá-lo de ainda mais uma maneira).
O meu novo herói
O gajo da luva do 30 Rock. Que grande.
terça-feira, dezembro 02, 2008
Foda-se. Isto não tinha obrigação nenhuma de ser bom. Seria impressionante só pela quantidade de gente envolvida (esta malha tem o David Byrne, o Chuck D e o Seu Jorge, por exemplo, o disco tem o Tom Waits, a M.I.A., membros do Wu-Tang Clan, etc.). Valeria só por isso, curiosidade. Mas é malha. Vês, Norman Cook? É assim que se junta o Byrne e rap.
sexta-feira, novembro 28, 2008
The Mentalist
The Mentalist. Coletes e sobrancelhas. Precisava de um police procedural na minha vida. Encontrei-o.
quarta-feira, novembro 26, 2008
What's so funny, Stephen?
segunda-feira, novembro 24, 2008
The greatest gift of all
Este é o melhor Natal de sempre. Não há nada de especial a passar-se em Inglaterra, ao contrário do ano passado, quando houve o especial do Extras. Mas noutros sítios há. A melhor mini-série portuguesa de sempre, Um Mundo Catita, já estreou na televisão. É um conto de Natal incrível. E ontem, lá no estrangeiro, estreou A Colbert Christmas, o especial de Natal do Stephen Colbert. A história é simples: o Stephen Colbert quer fazer um especial de Natal com o Elvis Costello. Isso seria, só por si, um evento, um acontecimento, algo a celebrar. Só que o raio da coisa tem 40 minutos e é brilhante. E grandes, grandes canções. Esta é uma delas:
O John Legend é o R. Kelly das especiarias. E canta, no final, uma canção do Elvis Costello. Um bocadinho, pelo menos. Algo que o Kells nunca faria. Pontos para ele.
Por falar nisso, quarta-feira sai na Time Out um texto meu sobre o enorme, o grande, o incomparável, o sublime Stephen Colbert e o seu delicioso Colbert Report. Não é só por isso que estou a insistir tanto nele. É que este vai ser mesmo o melhor Natal do mundo de sempre.
The Colbert ReportMon - Thurs 11:30pm / 10:30c
O John Legend é o R. Kelly das especiarias. E canta, no final, uma canção do Elvis Costello. Um bocadinho, pelo menos. Algo que o Kells nunca faria. Pontos para ele.
Por falar nisso, quarta-feira sai na Time Out um texto meu sobre o enorme, o grande, o incomparável, o sublime Stephen Colbert e o seu delicioso Colbert Report. Não é só por isso que estou a insistir tanto nele. É que este vai ser mesmo o melhor Natal do mundo de sempre.
sexta-feira, novembro 21, 2008
30 Rock
O episódio de ontem tinha o Steve Martin (também conhecido como o maior de todo o sempre e o homem com mais classe do mundo). E consegue continuar a média de uma frase genial, hilariante e intensamente memorável que nunca me sairá da cabeça até morrer por minuto. Aquela gente é rude, anda a brincar com isto, uma pessoa tem de escolher quais vai decorar. Esta foi a que ficou: "I can't believe you're out of the game, it's like Picasso not painting, or Bruce Willis not combining action and rock harmonica." E a classe do Alec Baldwin estava no mesmo ecrã que a classe do Steve Martin e o mundo não explodiu. Curioso.
quarta-feira, novembro 19, 2008
Simon+Colbert
O maior escritor de canções de sempre (e rei da comédia, desde o primeiro ano do SNL) com o Stephen Colbert. Clássico instantâneo.
segunda-feira, outubro 27, 2008
Kano
A cadência das palavras dele por causa da pronúncia inglesa são perfeitas e ficam óptimas aqui. Já me esquecia do quanto gostava do Kano, porra. "Brown Eyes", a história de amor na onda chipmunk soul ao nível de produções do Kanye West ou do Just Blaze, "Nite Nite" com a parte cantada do Leo The Lion e o tom conversacional do Mike Skinner e o "War Pigs" (melhor canção de sempre?) em "I Don't Know Why".
Black Diamond
Segundo isto, a versão internacional do Black Diamond tem uma malha com o Kano. O primeiro disco do Kano era bestial (a malha com o Mike Skinner, a "Brown Eyes" e a malha que samplava Black Sabbath eram as três melhores), o outro não ouvi, já que o single com o Craig David era demasiado mau. Mas uma malha com Buraka Som Sistema? Deve ser pouco grande, deve. É uma pena não ter saído cá.
sábado, outubro 25, 2008
Once
Porque é que "Once in a Lifetime", dos Talking Heads (provavelmente, a melhor canção de sempre), é sempre usada para anunciar filmes políticos? Há quase um ano foi o Charlie Wilson's War, agora é o W.
sexta-feira, outubro 24, 2008
'808s and Heartbreak
'808s and Heartbreak é o melhor nome de sempre. Porquê? Porque sim. Porque de um lado há o TR-808 da Roland. A caixa de ritmos. O sintético. A máquina. As batidas. A batida sintética que imita o bater do coração na "Love Lockdown". O auto-tune que o Kanye West usa na voz em quase todas as canções (ou mesmo todas, ao que parece) do disco. Por outro, a dor de coração. O sentimento. O orgânico. A rima imperfeita que há no título. O plural e o singular. Porque vai ser importante, quer se goste, quer não. E parece-me muito provável que eu vá gostar. Mesmo que não seja um bom disco, já tem o título que não me sai da cabeça, por muito que tente.
sábado, outubro 18, 2008
I need love
A minha insistência em dizer que a parte rock da Santogold não rende é enorme. Mas é porque me irrita. Há boas canções escondidas por detrás daqueles arranjos banais. Anda aí um remix de uma delas, "I'm a Lady", pelo Diplo. Transforma uma canção assim-assim numa versão da "I Need Love" do LL Cool J (um clássico das slow jams, e o vídeo também) com a voz da Amanda Blank (a minha heroína desde que a vi em Londres com Bonde do Rolê e uma t-shirt de mangas cortadas do Purple Rain do Prince e alguém que merece o céu pelas estrofes na "Bump" e na "Loose" de Spank Rock e a participação na "Sexy MF" do Pase Rock). Malha.
E ainda estou à espera de um remix que mostre que "Lights Out" é uma das canções do ano, que a versão original dá a entender isso mas estraga tudo.
E ainda estou à espera de um remix que mostre que "Lights Out" é uma das canções do ano, que a versão original dá a entender isso mas estraga tudo.
sexta-feira, outubro 17, 2008
'Ye
'808s, coração partido, 40 mulheres nuas (pretas e brancas) e auto-tune. "Love Lockdown" (diz o Jon Caramanica – que me faz não ter muitas saudades do Kelefa Sanneh – no New York Times que é a melhor canção dos TV On The Radio deste ano e faz sentido), "Heartless" e "Coldest Winter". Se há alguém que consegue fazer isto funcionar, é o Kanye West.
quarta-feira, outubro 15, 2008
You're on point
A brincar, a brincar, o meu MC preferido vai ter novo álbum não tarda nada e (provavelmente) vai ser bom.
segunda-feira, outubro 06, 2008
The Very Best
O facto de o Esau Mwamwaya (tão bom que merece um Óscar; daqui a seis meses vai tomar conta do mundo, já podia tê-lo feito antes, mas decidiu esperar) ainda não ter lançado nada em formato físico é uma espécie de apelo à pirataria em DJ sets, não é? E onde é que está o freestyle dele por cima do beat da "A Milli"? Isso é que eu gostava de saber.
domingo, setembro 28, 2008
Feig, o falhado
Vinha no New York Times anteontem, só vi hoje: um perfil do Paul Feig. Criador do Freaks and Geeks (no meu top 10 de séries favoritas de sempre, certamente) e o maior/melhor falhado de sempre. Grande, grande, muito grande. Cheio de ideias, cheio de falhanços, cheio de desilusões. A comédia dos falhados, dos perdedores, dos feios, dos gordos, dos incompreendidos, dos que gostam demasiado de coisas pouco fixes. Em suma, o meu herói.
quarta-feira, setembro 24, 2008
Love Lockdown #2
O que não quer, de todo, dizer que espero que o 808s and Heartbreak seja todo assim, mas espero que tenha TR-808s e corações partidos e, se não fosse pedir demasiado, rap (ele pode ser um mau rapper, mas é melhor rapper que cantor, e o auto-tune cansa imenso, alguém alguma vez ouviu um disco do T-Pain até ao fim, para além dele?). Kanye triste vale sempre.
Love Lockdown
Que se foda: "Love Lockdown" é malha. Auto-tune, batida do coração, piano, refrão, vale. Mas também, como o próprio diz: "I could stand there in a fucking Speedo and still look like a fuckin' hero."
sábado, setembro 20, 2008
Alguém
Alguém oscarize o Tom Cruise e ponha a banda a tocar o "Low" do Flo-Rida com o T-Pain se ele se alongar nos agradecimentos ao L. Ron.
quarta-feira, setembro 17, 2008
Melhor site de todo o sempre
Porque todas as canções do mundo, por muito boas que sejam, seriam sempre melhores com um bocadinho de cowbell e um bocadinho de Christopher Walken. A sério. Experimentem com qualquer uma. Este é o site e com ele qualquer canção pode ficar com o som de dinamite que o Bruce Dickinson ("yes, the Bruce Dickinson") deu a "(Don't Fear) The Reaper". Antes havia canções que podiam ser melhores. Agora não. Exemplo (já passaram oito anos [pronto, nove no caso da malha] e o sketch e a malha continuam míticos, para sempre, comédia e música para sempre):
Make your own at MoreCowbell.dj |
quinta-feira, setembro 11, 2008
This is how I live, Russell
Uma "entrevista" estupenda, uma conversa entre o Russell Brand e o Morrissey (e a mãe do Russell Brand). Achava o Russell Brand irritante, por causa do cabelo, a voz, etc., mas passei a gostar dele algures durante este ano, não faço ideia porquê. O ego enorme, a constante necessidade de atenção, as partes auto-depreciativas não justificáveis, etc. Tem muito em comum com a pessoa com quem fala aqui, o homem mais bonito do mundo e o maior de sempre. "There's nothing else to be obsessed with but the self", diz Brand. "Is there anything that you're not? Because you seem to claim you're everything", diz Morrissey. Ambos têm uma extrema necessidade de serem amados e de lhes darem atenção. E ambos têm muita piada. E divertem-se. É bom.
quarta-feira, setembro 10, 2008
Um dos meus grandes desgostos na vida
O Ol' Dirty Bastard nunca ter gravado um disco de standards. Ou de canções de natal. Seria incrível. Era a voz de um anjo. O Mark Ronson aproveitou-a para fazer magia. O Gregg Gillis (Girl Talk) pegou nela e pô-la em cima de "Autumn Sweater" dos Yo La Tengo e fez muito bem, mas aí não estava a cantar. Se existissem mais gravações dele a cantar o mundo seria um sítio bem mais bonito. Muito melhor que o Sid Vicious a cantar "My Way" seria o Ol' Dirty Bastard a fazê-lo. Alguém o ressuscite para cantar os songbook de Gershwin, Irving Berlin, Cole Porter, Rodgers e Hart? Meu Deus, até Bacharach e David. Seria incrível. E canções de natal? "Jingle Bells"? "White Christmas"? OK, teríamos de atirar um ou outro "oh nigga I'm burnin' up" ou um "I'll fuck yo' ass up" no meio, mas seria bestial.
Melhor nome de sempre?
O novo disco do Kanye West, diz-se, vai-se chamar 808s and Heartbreak. Melhor nome de sempre?
quarta-feira, setembro 03, 2008
Alec
O Alec Baldwin é o meu herói. Narrou um dos meus filmes preferidos e é basicamente o maior do mundo no 30 Rock, uma sitcom bestial. Não é só a voz dele, é também o porte e a pinta – ninguém tem mais pinta que ele no mundo inteiro. Este perfil da New Yorker mostra-o como um homem desiludido, chateado com as voltas que a vida deu, sem grande amor-próprio e com muitos desgostos. Ou seja, fá-lo parecer ainda mais fixe.
He is very conscious of what is lacking in his life—a spouse, for example, and a film career something like Jack Nicholson’s, and the governorship of New York—and his rhetoric can sometimes bring to mind a scene from “30 Rock” in which Baldwin, in his role as Jack Donaghy, a shameless but astute TV executive, stares at an equestrian painting by Stubbs and, in a growled whisper of longing, says, “I wish I were a horse—strong, free, my chestnut haunches glistening in the sun.” According to Lorne Michaels, the executive producer of “Saturday Night Live” and an executive producer of “30 Rock,” Baldwin “guards against enjoyment.” (Michaels is a friend of Baldwin’s and was a model for the Donaghy character.) “I’ll say, ‘Alec, you have one of the best writers in television’ ”—Tina Fey—“ ‘writing this part for you. It’s shot in New York, where you chose to live. You work three days a week, you get paid a lot of money, you’re getting awards. It’s a great time in your life. It’s an all-good thing. And, if you were capable of enjoying it, it would be even better.’ ” Or, as William Baldwin, one of Alec’s three younger brothers, said recently, “There’s always something for him to fucking whine about.”
–
“Do you want to know the truth?” Baldwin said to me not long ago. “I don’t think I really have a talent for movie acting. I’m not bad at it, but I don’t think I really have a talent for it.” He described the film actor’s need to project strength and weakness simultaneously. “Nicholson’s my idol this way. Pacino. There’s a mix you have to have where the character is vulnerable, the character is up against it, but there’s still a glimmer of resourcefulness in his eye—you look at him and the character is telegraphing to you this is not going to last very long. ‘I’m down’—Randle McMurphy, Serpico, whatever it is—‘but it’s not going to last, I’m still going to figure my way out of this.’ ” In contrast, he referred to Orson Welles. “Welles was a powerful actor, but he wasn’t always a great actor,” Baldwin said, with, perhaps, a faint nod to his own career. “Even when Welles was lost, he was arrogant.”
–
I recently asked Marci Klein, one of Baldwin’s closest friends, if she had tried to discourage Baldwin from writing the book about his legal battle with Kim Basinger. “Oh, yes,” she said. Klein is a senior producer on “Saturday Night Live” and an executive producer on “30 Rock”; she has known Baldwin since he was first on “S.N.L.” She told me, “I said, ‘Do not write this book. Nobody cares. Nobody wants to hear about your divorce anymore.’ ” She laughed. “He goes, ‘You bitch!’ I go, ‘You loser!’ We work well together.”
Baldwin and Klein—who is forty-one and married, with young children—chaperone each other to award shows or sit at home and order takeout. “He’s happiest eating Lupe’s Mexican food and watching a movie,” Klein said. “I like to ask him, ‘Who fucked you up? Which girl in sixth grade?’ ” Baldwin often jokes about how they should have married. “But we’re friends,” she said. “And also I feel like I’m his mother, even though I’m a lot younger than him. I feel like I take care of him.” She added, “Marriage is very important to him. He didn’t want to get divorced. He wanted to make it work. He was very committed. With men, it’s not the first thing—‘I want to get married, I want to have kids’—but Alec is a different kind of guy. And therefore having it not work, for whatever reasons, was very difficult for him.”
–
In late 2004, when Fey—then the head writer for “Saturday Night Live”—began to devise “30 Rock,” it was in the hope, but not the expectation, that Baldwin would play the boss of Fey’s character, Liz Lemon, who is the head writer for a show something like “Saturday Night Live.” As Lorne Michaels said recently, “We were looking for a foil for Tina’s character—someone who was right just often enough to be infuriating.” Baldwin was wary. It was a sitcom, and he had played Macbeth and Stanley Kowalski on the New York stage. His mind turned to the example of Conrad Bain, the actor with a fine theatrical background who came to be Philip Drummond, the white father of two adopted African-American boys, on “Diff’rent Strokes.” Embroidering on this thought, Baldwin imagined an actor who signs up for the quick money of a sitcom pilot quite confident that the show will never be commissioned: “The agent’s saying, ‘Don’t worry, it’s the biggest piece of shit in the history of show business.’ Cut to six years later: you’re in your dressing room, you’re in season five, and on the wall are posters of you from the New York Shakespeare Festival—these achingly beautiful posters on the wall. By that point, you’re making a hundred and seventy-five thousand a week, you’ve got a house in East Hampton, you’re getting laid constantly, you’ve got closets of beautiful Italian suits, and you’ve got three cars in the garage and you’re paying alimony to your ex-wife who’s living down in Florida. And you’re doing the same jokes, again and again and again.”
Baldwin, who admires Fey—“She’s so bright you’re always wondering if you’re boring her,” he says—agreed to be in the pilot, but on the understanding that, if the show worked out, he would appear in no more than six episodes a season, for six seasons. The pilot was made. NBC saw it, and offered to take the show only if Baldwin was in all twenty-one episodes of the first season. It was a fair judgment: Baldwin’s Donaghy—too smart and too perverse to be a standard business blowhard—was an obvious asset. Although originally conceived as a bullying antagonist to Liz Lemon, by the time of the pilot the character had already begun to expand into a fellow-protagonist, a cynic who guides a neurotic. Unpunished for saying aloud what he should not even be thinking (“Don’t ever make me talk to a woman that old again”), Donaghy became a kind of mentor to the writers and performers under him. In Baldwin’s mind, “Jack Donaghy is Lorne, first and foremost. ‘What am I, a farmer?’ That is Lorne. I think he said that. Lorne’s got a tuxedo in the glove compartment of his car. Lorne is a big-ticket A-list New York water buffalo. He’s big on the Serengeti. Lorne is a person who seduces you into thinking that if you take his advice and play your cards right you’re going to end up with his life.”
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He bought a coffee at Starbucks, where a young woman said something nice about “30 Rock.” “I do feel I’m entering that Clinton phase,” he said after we left. “I’m fifty. There are women who’ll go up to a young movie star and they’ll look at him, like, ‘There are certain things I really want to do with you, and it’s pretty plain to anyone why I’d want to do them with you.’ And then there are people who look at me now, at my age, and they’ll look at me and the look is ‘I can’t explain why, because it’s kind of strange . . .’ It confounds and perplexes even them. ‘In spite of the fact that you don’t look like a young leading man anymore, I’d quite like to throw you down on this blanket right now.’ A bit of that.”
He is very conscious of what is lacking in his life—a spouse, for example, and a film career something like Jack Nicholson’s, and the governorship of New York—and his rhetoric can sometimes bring to mind a scene from “30 Rock” in which Baldwin, in his role as Jack Donaghy, a shameless but astute TV executive, stares at an equestrian painting by Stubbs and, in a growled whisper of longing, says, “I wish I were a horse—strong, free, my chestnut haunches glistening in the sun.” According to Lorne Michaels, the executive producer of “Saturday Night Live” and an executive producer of “30 Rock,” Baldwin “guards against enjoyment.” (Michaels is a friend of Baldwin’s and was a model for the Donaghy character.) “I’ll say, ‘Alec, you have one of the best writers in television’ ”—Tina Fey—“ ‘writing this part for you. It’s shot in New York, where you chose to live. You work three days a week, you get paid a lot of money, you’re getting awards. It’s a great time in your life. It’s an all-good thing. And, if you were capable of enjoying it, it would be even better.’ ” Or, as William Baldwin, one of Alec’s three younger brothers, said recently, “There’s always something for him to fucking whine about.”
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“Do you want to know the truth?” Baldwin said to me not long ago. “I don’t think I really have a talent for movie acting. I’m not bad at it, but I don’t think I really have a talent for it.” He described the film actor’s need to project strength and weakness simultaneously. “Nicholson’s my idol this way. Pacino. There’s a mix you have to have where the character is vulnerable, the character is up against it, but there’s still a glimmer of resourcefulness in his eye—you look at him and the character is telegraphing to you this is not going to last very long. ‘I’m down’—Randle McMurphy, Serpico, whatever it is—‘but it’s not going to last, I’m still going to figure my way out of this.’ ” In contrast, he referred to Orson Welles. “Welles was a powerful actor, but he wasn’t always a great actor,” Baldwin said, with, perhaps, a faint nod to his own career. “Even when Welles was lost, he was arrogant.”
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I recently asked Marci Klein, one of Baldwin’s closest friends, if she had tried to discourage Baldwin from writing the book about his legal battle with Kim Basinger. “Oh, yes,” she said. Klein is a senior producer on “Saturday Night Live” and an executive producer on “30 Rock”; she has known Baldwin since he was first on “S.N.L.” She told me, “I said, ‘Do not write this book. Nobody cares. Nobody wants to hear about your divorce anymore.’ ” She laughed. “He goes, ‘You bitch!’ I go, ‘You loser!’ We work well together.”
Baldwin and Klein—who is forty-one and married, with young children—chaperone each other to award shows or sit at home and order takeout. “He’s happiest eating Lupe’s Mexican food and watching a movie,” Klein said. “I like to ask him, ‘Who fucked you up? Which girl in sixth grade?’ ” Baldwin often jokes about how they should have married. “But we’re friends,” she said. “And also I feel like I’m his mother, even though I’m a lot younger than him. I feel like I take care of him.” She added, “Marriage is very important to him. He didn’t want to get divorced. He wanted to make it work. He was very committed. With men, it’s not the first thing—‘I want to get married, I want to have kids’—but Alec is a different kind of guy. And therefore having it not work, for whatever reasons, was very difficult for him.”
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In late 2004, when Fey—then the head writer for “Saturday Night Live”—began to devise “30 Rock,” it was in the hope, but not the expectation, that Baldwin would play the boss of Fey’s character, Liz Lemon, who is the head writer for a show something like “Saturday Night Live.” As Lorne Michaels said recently, “We were looking for a foil for Tina’s character—someone who was right just often enough to be infuriating.” Baldwin was wary. It was a sitcom, and he had played Macbeth and Stanley Kowalski on the New York stage. His mind turned to the example of Conrad Bain, the actor with a fine theatrical background who came to be Philip Drummond, the white father of two adopted African-American boys, on “Diff’rent Strokes.” Embroidering on this thought, Baldwin imagined an actor who signs up for the quick money of a sitcom pilot quite confident that the show will never be commissioned: “The agent’s saying, ‘Don’t worry, it’s the biggest piece of shit in the history of show business.’ Cut to six years later: you’re in your dressing room, you’re in season five, and on the wall are posters of you from the New York Shakespeare Festival—these achingly beautiful posters on the wall. By that point, you’re making a hundred and seventy-five thousand a week, you’ve got a house in East Hampton, you’re getting laid constantly, you’ve got closets of beautiful Italian suits, and you’ve got three cars in the garage and you’re paying alimony to your ex-wife who’s living down in Florida. And you’re doing the same jokes, again and again and again.”
Baldwin, who admires Fey—“She’s so bright you’re always wondering if you’re boring her,” he says—agreed to be in the pilot, but on the understanding that, if the show worked out, he would appear in no more than six episodes a season, for six seasons. The pilot was made. NBC saw it, and offered to take the show only if Baldwin was in all twenty-one episodes of the first season. It was a fair judgment: Baldwin’s Donaghy—too smart and too perverse to be a standard business blowhard—was an obvious asset. Although originally conceived as a bullying antagonist to Liz Lemon, by the time of the pilot the character had already begun to expand into a fellow-protagonist, a cynic who guides a neurotic. Unpunished for saying aloud what he should not even be thinking (“Don’t ever make me talk to a woman that old again”), Donaghy became a kind of mentor to the writers and performers under him. In Baldwin’s mind, “Jack Donaghy is Lorne, first and foremost. ‘What am I, a farmer?’ That is Lorne. I think he said that. Lorne’s got a tuxedo in the glove compartment of his car. Lorne is a big-ticket A-list New York water buffalo. He’s big on the Serengeti. Lorne is a person who seduces you into thinking that if you take his advice and play your cards right you’re going to end up with his life.”
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He bought a coffee at Starbucks, where a young woman said something nice about “30 Rock.” “I do feel I’m entering that Clinton phase,” he said after we left. “I’m fifty. There are women who’ll go up to a young movie star and they’ll look at him, like, ‘There are certain things I really want to do with you, and it’s pretty plain to anyone why I’d want to do them with you.’ And then there are people who look at me now, at my age, and they’ll look at me and the look is ‘I can’t explain why, because it’s kind of strange . . .’ It confounds and perplexes even them. ‘In spite of the fact that you don’t look like a young leading man anymore, I’d quite like to throw you down on this blanket right now.’ A bit of that.”
quarta-feira, agosto 27, 2008
sexta-feira, agosto 22, 2008
Spaced
Não me consigo cansar de ler entrevistas com o Edgar Wright, o Simon Pegg e a Jessica Hynes (antes Stevenson) sobre o lançamento do Spaced em DVD nos Estados Unidos (é uma pena eu ter a versão inglesa do DVD, sem o documentário e sem os comentários de luxo: Kevin Smith, Quentin Tarantino, Patton Oswalt, Bill Hader e o embuste que é a Diablo Cody). Esta, do Ain't it Cool News, foi feita há três semanas na Comic Con. E são três génios a falar sobre uma série incrível, óptimas pessoas com quem se quer passar muito, muito tempo. Vem aí um filme escrito pelo Simon Pegg e o Nick Frost que não é realizado pelo Wright, mas sim pelo Greg Mottola. Isso e o This Side of the Truth do Ricky Gervais, cujo blog também não me canso de ler, são algumas das melhores coisas que aí vêm.
segunda-feira, agosto 11, 2008
Rindo da tragédia
O Expresso fez-me rir da morte do Isaac Hayes. Traduziram "treadmill" como "moinho", quando "treadmill" é uma passadeira de exercício. Sim, sim, a música e tal, Shaft, milhentas outras coisas, génio absoluto, mas terá sempre lugar no meu coração como Asneeze, pai de Ahchoo, num filme que vi demasiadas vezes quando era pequeno (e que, a par do South Park, mostra que Hayes, apesar da loucura induzida pela cientologista, era um comediante muito melhor do que um certo senhor de cor que morreu ontem, com o devido respeito pela sua morte).
segunda-feira, julho 21, 2008
Outras falhas
"Come Close", Common com Mary J. Blige. Está aqui. Vi este vídeo no MTV New (quando era apresentado por uma americana qualquer) algures em 2003, ela dzia que era o equivalente alternativo do dueto do Nelly com a Kelly Rowland ("Dilemma"). Na altura pareceu-me bem (sou parcial, nunca resisto à voz do Pharrell e aqui ouve-se lá ao fundo, por baixo da da Mary J. Blige), tinha decidido há pouco tempo que não gostava do Common, mas gostei. "It's just a fly love song", diz ele no início, citando o Q-Tip numa canção que não era, de todo, uma "fly love song".
Melhor cena de sempre?
Uma lição incrível sobre a pop do final dos anos 90 e dos anos 2000. Tirem uma tarde ou uma noite para absorver isto. São 50 e tal clássicos. Falta uma das minhas favoritas, contudo: "The Art of Noise" de um Cee-Lo Green pré-Gnarls Barkley. E também tem tiros ao lado (pergunto-me se existe alguma coisa no mundo pior que "Allure" do Jay-Z), para além de um erro factual (segundo consta, o Pharrell escreveu uma das estrofes do "Rump Shaker" dos Wreckx-N-Effect, não foi trabalho de produção, o que é estranhíssimo tendo em conta que ele é péssimo com as palavras).
terça-feira, maio 13, 2008
Roots
Os Roots têm um membro que toca sousafone. Chama-se Tuba Gooding Jr. Como é que é possível, assim, o Rising Down não ser óptimo? Também há outros factores claro. O afro e a barba do ?uestlove. E a bateria dele, claro. E aquela cantiga com o Wale e a Chrisette Michele. E começar com o Mos Def a rimar e não a cantar. E aqui não é só por causa dos 75 compassos sem o Blackthought parar para respirar.
quinta-feira, maio 01, 2008
Algumas ideias/dúvidas
A descoberta do rock pela Santi White (Santogold) foi das maiores tragédias deste século e é por isso que Santogold não é assim tão bom ("Creator" continua a ser melhor-de-sempre, obviamente). O novo álbum do Common vai ter um verso dela. Da Billboard:
Cee-Lo and The Neptunes' pop group, Chester French, guest on the album, but Common says singer-MC Santogold is "one of my favorite artists right now" and adds that he's awaiting a verse from her for the track "Runaway," which draws its guitar riff from Pat Benatar's 'Love Is A Battlefield."
E se for como quando ela se mete no rock? Será menos mau do que quando ele se mete no rock (Electric Circus tem canções muito boas, mas também tem outras muito, muito más)? Será que "electro-tinged" é parecido com o Common a rimar por cima de beats do Switch ou do Diplo? Será que isso é tão mau na prática como em teoria?
Cee-Lo and The Neptunes' pop group, Chester French, guest on the album, but Common says singer-MC Santogold is "one of my favorite artists right now" and adds that he's awaiting a verse from her for the track "Runaway," which draws its guitar riff from Pat Benatar's 'Love Is A Battlefield."
E se for como quando ela se mete no rock? Será menos mau do que quando ele se mete no rock (Electric Circus tem canções muito boas, mas também tem outras muito, muito más)? Será que "electro-tinged" é parecido com o Common a rimar por cima de beats do Switch ou do Diplo? Será que isso é tão mau na prática como em teoria?
segunda-feira, abril 28, 2008
Massamá
Dizem-me que afinal não há finanças em Massamá. Ou seja, só tornaria a coisa mais interessante.
segunda-feira, abril 21, 2008
Fico contente #2
When you imagine Gervais and Merchant in a room together, you'd imagine they'd take their inspiration from schoolboy pranks and juvenile jokes. The reality is rather surprising. 'We use mood boards. Poems, music, reminding us of the place, the time, of what we're writing. For The Office, for instance, Betjeman's poem about Slough was there, reminding us. For Men at the Pru it's Springsteen: "Thunder Road".
"You ain't a beauty but hey you're alright." Como se não houvesse razões suficientes.
"You ain't a beauty but hey you're alright." Como se não houvesse razões suficientes.
Fico contente
Eu, que nunca li um livro na vida, por isto:
The one time I'm properly taken aback by a response, for instance, comes when we're talking books. What does he like to read? (I can only assume that he does.) 'I don't read books. I'm sorry. I can't. I can't read books, other people's books. After the first sentence, the first paragraph, I'm off on my own scenario. It's no longer their book. I'm not reading it any more, I've put it down before turning the first page, I'm writing my own chapters, fitting in my own characters, trying to make it take off my way. So this would happen, then that would happen, of course that character would ... no, it's hopeless, so now I just don't.'
E ele é o Ricky Gervais. E não lê. E vai fazer uma série nova com o Stephen Merchant. É sobre vendedores de seguros nos anos 70 em Reading, mas podia ser sobre trabalhadores das finanças em Massamá nos anos 90 que seria igualmente interessante.
The one time I'm properly taken aback by a response, for instance, comes when we're talking books. What does he like to read? (I can only assume that he does.) 'I don't read books. I'm sorry. I can't. I can't read books, other people's books. After the first sentence, the first paragraph, I'm off on my own scenario. It's no longer their book. I'm not reading it any more, I've put it down before turning the first page, I'm writing my own chapters, fitting in my own characters, trying to make it take off my way. So this would happen, then that would happen, of course that character would ... no, it's hopeless, so now I just don't.'
E ele é o Ricky Gervais. E não lê. E vai fazer uma série nova com o Stephen Merchant. É sobre vendedores de seguros nos anos 70 em Reading, mas podia ser sobre trabalhadores das finanças em Massamá nos anos 90 que seria igualmente interessante.
domingo, março 30, 2008
Charlie Kaufman
No meu post de ódio ao Hulu.com (que entretanto já consegui contornar) esqueci-me de uma das pessoas mais importantes (do mundo, de sempre, etc.) na lista de gente que escrevia o Dana Carvey Show: o Charlie Kaufman. Pequei.
sexta-feira, março 28, 2008
Afinal o Pete Doherty não vai morrer
A cientologia vai-lhe salvar a vida. Mas nem tudo são más notícias, pode ser que se reforme.
quarta-feira, março 26, 2008
Not feelin' it
A merda do Hulu. É um serviço que deixa ver séries gratuita e legalmente, mas só funciona para americanos. Tem uma das quatro séries mais importantes para o humor que se faz hoje em dia: Dana Carvey Show. As outras são o Mr. Show, o Freaks & Geeks e o Arrested Development, mesmo que o último não devesse contar por ser recente, todas têm em comum o facto de ninguém ter visto nenhuma delas e terem sido canceladas por isso mesmo e ter saído de lá muita gente muito importante. Nunca passou cá e tinha só gente grande como o Stephen Colbert, o Steve Carell, o Louis CK (melhor comediante de sempre sobre os desencantos do casamento, a milhas de meninos como o Ray Romano, grande tirada sobre casamento homossexual aqui) ou o Robert Smigel (um dos grandes responsáveis pelo programa do Conan O'Brien ser como é). Também nunca saiu em DVD. Está naquele site, mas só se formos americanos é que podemos ver. O que é lindo. Havia muitos sketches no YouTube e um torrent com cinco dos seis episódios que passaram na televisão, tudo tirado de VHS.
Feelin' it
As duas canções novas do enorme Al Green, com o ?uestlove dos Roots na bateria e na produção (e boas notícias, o suposto single dos Roots com o tipo dos Fall Out Boy, que é horrível, nem vai aparecer no disco). E The Wire, a melhor série sobre o crime em Baltimore de sempre (mais que isso, talvez, é óptima).
sábado, março 22, 2008
A semana
Esta foi a semana da homossexualidade. O Michael Stipe e a Solange F. assumiram-se, o Tom do Lost também. Foi igualmente a semana em que gastei dinheiro muito mal por ter sido enganado.
Comprei o single da "You Know I'm No Good" da Amy Winehouse. Pensava (é o que diz lá) que tinha a magnífica versão com o Ghostface Killah que aparece no More Fish (e que já tinha em CD). Mas não. Nunca escondi que adoro essa versão do Ghostface, e gostava muito de tê-la num máxi. Esta versão é horrivelmente má, mantém tudo o que a original tem – enquanto a versão corta as partes que não interessam e adiciona as estrofes do Ghost – e só tem a segunda estrofe do Ghostface, que não serve para nada se não houver a primeira. Para quê ter a canção se não o ouvirmos perguntar "Why you actin' like you're more trouble than Tony Starks when you need to just walk away like Kelly Clarkson?"? Para quê? Para além disso começa com uns "yo yo" irritantes que se põem em remistus forçadas de canções com rappers por cima, algo que a versão do Ghostface (a verdadeira) não é, de todo. Pelo menos há a canção original da Amy Winehouse e um lado b com "Rehab" e a remistura dos Hot Chip, que é porreira. Tudo o que eu queria era um dos melhores singles da pop dos anos 2000 e acabei por ser enganado.
Comprei o Grindhouse, ou pelo menos achava que tinha comprado, já que é isso que diz a capa. Mas o que está lá dentro não é mais que o Death Proof e o Planet Terror em caixas diferentes. O Grindhouse, que nunca saiu cá, é muito mais (os trailers) e menos (as cenas cortadas) que isso. E era isso que eu queria ver/ter. A Weinstein Company não me deixou e insiste em enganar as pessoas. Óptimo. Quem é que tenho de matar para ver o trailer do Edgar Wright, por amor de Deus?
Comprei o single da "You Know I'm No Good" da Amy Winehouse. Pensava (é o que diz lá) que tinha a magnífica versão com o Ghostface Killah que aparece no More Fish (e que já tinha em CD). Mas não. Nunca escondi que adoro essa versão do Ghostface, e gostava muito de tê-la num máxi. Esta versão é horrivelmente má, mantém tudo o que a original tem – enquanto a versão corta as partes que não interessam e adiciona as estrofes do Ghost – e só tem a segunda estrofe do Ghostface, que não serve para nada se não houver a primeira. Para quê ter a canção se não o ouvirmos perguntar "Why you actin' like you're more trouble than Tony Starks when you need to just walk away like Kelly Clarkson?"? Para quê? Para além disso começa com uns "yo yo" irritantes que se põem em remistus forçadas de canções com rappers por cima, algo que a versão do Ghostface (a verdadeira) não é, de todo. Pelo menos há a canção original da Amy Winehouse e um lado b com "Rehab" e a remistura dos Hot Chip, que é porreira. Tudo o que eu queria era um dos melhores singles da pop dos anos 2000 e acabei por ser enganado.
Comprei o Grindhouse, ou pelo menos achava que tinha comprado, já que é isso que diz a capa. Mas o que está lá dentro não é mais que o Death Proof e o Planet Terror em caixas diferentes. O Grindhouse, que nunca saiu cá, é muito mais (os trailers) e menos (as cenas cortadas) que isso. E era isso que eu queria ver/ter. A Weinstein Company não me deixou e insiste em enganar as pessoas. Óptimo. Quem é que tenho de matar para ver o trailer do Edgar Wright, por amor de Deus?
quarta-feira, março 12, 2008
Aviso
As pessoas estão a pegar na Santogold pelo lado errado. O único 12" que tem é o de "Creator", cujo lado b é "L.E.S. Artistes", que agora tem um vídeo. "L.E.S. Artistes" podia ser uma canção dos Yeah Yeah Yeahs. "Creator" é uma produção do Switch, que produz grande parte das coisas da M.I.A., daí a comparação que se faz por todo o lado. Mas a M.I.A. não tem, de todo, a parte jamaicana da voz de Santogold nem capacidade vocal para o início da canção. Além disso, o Switch não entra na onda world-chunga do Kala (que eu adoro). E é mesmo muito estranho as pessoas pegarem pelo lado rock dela, que é normalmente banal.
terça-feira, março 11, 2008
domingo, março 09, 2008
Razões pelas quais gosto do Kelefa Sanneh
Assim de cabeça, alguns dos meus textos favoritos dele (lista obviamente incompleta):
The Rap Against Rockism
Partir da Ashlee Simpson para lançar uma grande discussão da década num texto polémico que fez muita gente odiá-lo. Idiotas.
Making Room for the Hopeless Pop Star in a Crowd of Professional Amateurs
O amadorismo das celebridades como Paris Hilton e Kevin Federline na música (e em tudo o resto) como lufada de ar fresco na pop.
Amid All the Cheers, a Few Signs of Change
Sobre a Hilary Duff, especialmente por este parágrafo:
All night she stuck to sharp beats and simple refrains. Maybe she doesn’t have a choice; suffice it to say that operatic ballads are out of the question. And maybe her very unextraordinary singing is part of her appeal. A young fan usually looks at a pop star and thinks, “That could be me, if only I had the voice.” Ms. Duff takes away the “if only.”
A Singer of Suffering, Resurrected From Illness, Reaffirms His Mettle
Morrissey. Um herói sobre um herói (ou não).
He Writes the Songs, He Spans the Decades, He Inspires the Karaoke
Sobre o Barry Manilow no Madison Square Garden.
Godfather Of Soul, And C.E.O. Of His Band
O melhor epitáfio de James Brown, com tudo aquilo que de importante havia nele.
A Wild Welcome to a German Teen-Pop Band
A histeria à volta dos Tokio Hotel mesmo nos EUA onde não têm discos editados. Encontrar o melhor que há em tudo. Mesmo em tudo, sem limites. E ser sempre interessante ao fazê-lo.
New CDs: SPOON
“Ga Ga Ga Ga Ga”
O rock esquelético dos Spoon. Fez-me pegar na banda outra vez e ficar a gostar dela, o que culminou com um concerto porreiro há umas duas semanas.
The Rap Against Rockism
Partir da Ashlee Simpson para lançar uma grande discussão da década num texto polémico que fez muita gente odiá-lo. Idiotas.
Making Room for the Hopeless Pop Star in a Crowd of Professional Amateurs
O amadorismo das celebridades como Paris Hilton e Kevin Federline na música (e em tudo o resto) como lufada de ar fresco na pop.
Amid All the Cheers, a Few Signs of Change
Sobre a Hilary Duff, especialmente por este parágrafo:
All night she stuck to sharp beats and simple refrains. Maybe she doesn’t have a choice; suffice it to say that operatic ballads are out of the question. And maybe her very unextraordinary singing is part of her appeal. A young fan usually looks at a pop star and thinks, “That could be me, if only I had the voice.” Ms. Duff takes away the “if only.”
A Singer of Suffering, Resurrected From Illness, Reaffirms His Mettle
Morrissey. Um herói sobre um herói (ou não).
He Writes the Songs, He Spans the Decades, He Inspires the Karaoke
Sobre o Barry Manilow no Madison Square Garden.
Godfather Of Soul, And C.E.O. Of His Band
O melhor epitáfio de James Brown, com tudo aquilo que de importante havia nele.
A Wild Welcome to a German Teen-Pop Band
A histeria à volta dos Tokio Hotel mesmo nos EUA onde não têm discos editados. Encontrar o melhor que há em tudo. Mesmo em tudo, sem limites. E ser sempre interessante ao fazê-lo.
New CDs: SPOON
“Ga Ga Ga Ga Ga”
O rock esquelético dos Spoon. Fez-me pegar na banda outra vez e ficar a gostar dela, o que culminou com um concerto porreiro há umas duas semanas.
sexta-feira, março 07, 2008
Kelefa Sanneh
Pode parecer triste, mas não é assim tanto. Nunca escondi que o Kelefa Sanneh é o meu herói. Saiu do New York Times para ir para a New Yorker. O NYT é que perde. New Yorker=mais espaço para os textos, não necessariamente para a frequência deles lá.
quarta-feira, março 05, 2008
Chicks with Shticks
Devia ter linkado antes, mas não queria parecer ter alguma ligação à Vanity Fair. E a Samantha Bee, não existe?
terça-feira, março 04, 2008
O hype internacional chegou
O vídeo dos Buraka Som Sistema com a M.I.A. anda a compensar. Já se fala dele no Stereogum. Apostas: estará no Forkcast da Pitchfork amanhã ou depois de amanhã (e sim, eu sei que já tinha havido muita gente a falar neles lá fora)?
Correcção
Isto, claro, se não contarmos com o beijo que o Daniel Day-Lewis deu ao George Clooney.
Sound of kuduro knocking at your door
A M.I.A. a dizer isto é o acontecimento do ano. Para confirmar aqui. Lisboa '08 (pronto, eu sei que é Angola '07). Êxito internacional imediato?
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
A.M.O.R.+Macacos do Chinês+CIMENTO.
Dois concertos de dois projectos da nova música urbana lisboeta ou o que quer que seja, que ouviu o que interessa lá de fora e trouxe-o para Portugal, ainda verdes, ainda não muito grandes e um DJ set. Quatro pontos finais ao todo, um sentimento, um jogo de crianças e a cola da cidade. Não me ocorre mais nada.
terça-feira, fevereiro 26, 2008
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Paul Dano+Frances McDormand
A Joana demorou para aí quinhentos anos a ensinar-me o nome dele (costuma ser ao contrário), mas fico triste por ninguém se ter lembrado do Paul Dano para uma nomeaçãozita ou algo parecido. Tinha uns óculos de aros de metal redondos na cerimónia, ficavam-lhe bem.
A Frances McDormand sentiu os óscares dos Coen como se fossem dela. Ao lado tinha uma mulher que era a cara chapada do Daniel Day-Lewis, o que é estranhíssimo. Devia haver fotografias disso algures, era mesmo igual. Ou então imaginei. Também acontece.
A Frances McDormand sentiu os óscares dos Coen como se fossem dela. Ao lado tinha uma mulher que era a cara chapada do Daniel Day-Lewis, o que é estranhíssimo. Devia haver fotografias disso algures, era mesmo igual. Ou então imaginei. Também acontece.
Porque é que não gostei (assim tanto) de Juno
Os diálogos – especialmente no início – forçadíssimos, bem como as referências musicais – e as dos filmes de terror – às três pancadas . E eu sou o tipo de pessoa que adora "Superstar", tanto o original dos Carpenters como a versão magnífica dos Sonic Youth. Pouco ou nada separa este namedropping inconsequente de bandas do filme do que há no Freaky Friday com a Lindsay Lohan ou algo mau desse género. Mas é esticar demasiado a corda. Mas, essencialmente, a forma como a história decorre não deu tempo para me importar suficientemente com as personagens ou para achar que era importante isto ou aquilo. Como é natural, adoro muita da gente envolvida, a Ellen Page está óptima, o Michael Cera é o Michael Cera, o Jason Bateman vai muito bem – e não contracenam juntos, não há nem George Michael nem Michael –, a Jennifer Garner também, etc., ou seja, toda a gente menos o Rainn Wilson (adoro-o mas o cameo é irritante como tudo). É simpático, tem boas piadas, nada mais que isso. A parte boa é que a Kimya Dawson ficou famosa sem levar (muito) o palhaço do Adam Green com ela.
Ion
Diz-se, obviamente, "Jon Stewart" e não "Ion Stewart", ou seja, lê-se exactamente como se escreve. Que grande surpresa. É mesmo complicadíssimo. Como é que alguém ganha dinheiro para comentar os Óscares – de forma hedionda, devo adicionar – e nem se dá ao trabalho de perceber como é que se diz o nome do apresentador. É que até os americanos o dizem. Repetir o que é dito antes está fora do alcance dos comentadores? Para que é que eles existem, sinceramente? Para estragar. Pelo menos este ano não deixaram o microfone ligado em nenhuma parte importante enquanto conversavam entre eles, mas sobrepuseram-se algumas vezes e deram informação desinteressantíssima. Também falaram de um filme chamado Iuno e de um tipo chamado Gésse Jámes, como se houvesse um filme com esse nome no título. É uma tradição impecável, esta da incompetência.
Por falar nisso, o Jon Stewart não foi assim tão bom quanto devia ter sido. Algumas boas piadas, mas sempre a milhas do que fez há dois anos. A culpa, claro, é da greve. E os Coen, heróis de infância, sempre grandes, como se não houvesse razões suficientes para ir ver o No Country for Old Men logo na quinta-feira antes disto. De que é que o Javier Bardem e o Jack Nicholson falaram estando um ao lado do outro? O espectáculo devia estar todo ali. Bom beijo do Daniel Day-Lewis ao George Clooney. Não me lembro de mais nada.
Este é capaz de ser o melhor blog do mundo. Eu, naturalmente, sou branco.
Por falar nisso, o Jon Stewart não foi assim tão bom quanto devia ter sido. Algumas boas piadas, mas sempre a milhas do que fez há dois anos. A culpa, claro, é da greve. E os Coen, heróis de infância, sempre grandes, como se não houvesse razões suficientes para ir ver o No Country for Old Men logo na quinta-feira antes disto. De que é que o Javier Bardem e o Jack Nicholson falaram estando um ao lado do outro? O espectáculo devia estar todo ali. Bom beijo do Daniel Day-Lewis ao George Clooney. Não me lembro de mais nada.
Este é capaz de ser o melhor blog do mundo. Eu, naturalmente, sou branco.
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Quando...
Este vídeo é antigo (tendo em conta que para aí uma semana é igual a um ano em termos de internet) mas ainda não consegui perceber em que momento é que o will.i.am deixou de ser o will.i.am para passar a ser o Wyclef Jean. wy.cli.am?
domingo, janeiro 27, 2008
Melhor de sempre
O trailer do melhor filme de sempre (sai em Fevereiro nos Estados Unidos) foi transformado ao estilo do melhor filme de sempre aqui pelo próprio Michel Gondry. Isso faz dele o melhor trailer de sempre (ou não, tendo em conta que, como nunca me canso de dizer, a parelha Mos Def+Jack Black é das melhores de todo o sempre e não aparecer aqui é a única falha).
quinta-feira, janeiro 17, 2008
Ninguém me tira da cabeça
Ninguém me tira da cabeça que o Lethal Bizzle foi inventado pelo NME para eles poderem dizer "mas o tipo dos Bloc Party não é o único preto de que gostamos, como podem ver, até gostamos de um tipo mais ou menos do grime!" Isto é particularmente ofensivo. Pensava que todos tínhamos aprendido algumas lições de como não usurpar canções dos Clash há uns anos e de como samplá-los correctamente no ano passado. Mas não.
segunda-feira, janeiro 07, 2008
Fest, Ronson, Jacko, Conan, Leno, Stewart
Via Notes From a Different Kitchen, tomei conhecimento da nova mixtape do Rhymefest. Uma nova mixtape do Rhymefest não devia ser notícia em lado nenhum. Claro, gostei muito do Blue Collar — parece que fui dos poucos —, mas a grande notícia aqui é que a mixtape não só foi feita pelo Mark Ronson, como é também dedicada ao Michael Jackson. O que é algo a ter muito em conta, visto as duas melhores canções de Blue Collar terem mãozinha do Ronson — "Build Me Up" e "Devil's Pie" (esta conseguiu a proeza de transformar os Strokes em música moderna). E não é só isto. O Mark Ronson, quando era pequenino, ia dormir a casa do melhor amigo — o Sean Lennon, filho do John e da Yoko, nada de mais — e um dia o Michael Jackson também apareceu lá (isto não é uma piada e ele jura que não aconteceu nada). Já para não dizer que o Rhymefest ficou semi-conhecido por ter coescrito o "Jesus Walks" do Kanye West — até ganharam um Grammy —, que por sua vez ficou podre de rico à custa da família Jackson (como o próprio Rhymefest diz, "That dude ain't been broke since 'H to the Izz O'"). Samples do Jackson, "All That I Got is You" do Ghostface, piadas parvas — o que não é mau em si, o Kanye West usava o Bernie Mac nos discos dele, pelo menos o Rhymefest usa-se a ele próprio e poupa-nos um dos piores comediantes de sempre —, e toda esta gente junta. Talvez seja a única mixtape que ouvi do início ao fim, e recomenda-se.
Para além disso, o Conan O'Brien volta à SIC Radical já com barba na segunda-feira e o Leno volta à SIC Mulher no mesmo dia. Para o Jon Stewart, que volta hoje à Comedy Central, a data de regresso à Radical é 21 de Janeiro. Óptimas notícias.
Para além disso, o Conan O'Brien volta à SIC Radical já com barba na segunda-feira e o Leno volta à SIC Mulher no mesmo dia. Para o Jon Stewart, que volta hoje à Comedy Central, a data de regresso à Radical é 21 de Janeiro. Óptimas notícias.
quinta-feira, janeiro 03, 2008
A imagem do ano
Nunca pensei que a do Conan estivesse tão bem, mesmo que a do Letterman lhe dê uma abada.
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