segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Brooks

Os meus Brooks favoritos, por ordem alfabética:

Albert
James L.
Mel

Bale

Gostei muito do facto de o Christian Bale ter dado uma de Daniel Day-Lewis e ter aparecido de barba. Aplaudo intensamente a maneira como ele apresentou aquela barba ruiva – sim, é uma cena, imensa gente morena/loira/etc. tem barba ruiva – fraquíssima ao mundo. Está tudo na atitude, é preciso confiança para usar uma barba tão pobre com a beard swagger de um Zach Galifianakis ou alguém do género.

Shaolin

Aquilo ontem acabou com um coro de crianças de Staten Island a cantar e eu já nem me lembrava disso. Huh? É desprestigiante para uma cerimónia que se quer séria juntar mais de sete pessoas de Staten Island em cima de um palco e dar-lhes microfones sem nenhuma delas se chamar RZA, GZA, Ol' Dirty Bastard, Method Man, Raekwon, Inspectah Deck, Masta Killa, U-God ou Cappadonna.

Ideia

E que tal o Justin Timberlake para o ano? Não é como se o James Franco não fosse fisicamente capaz de ter piada – teve, até certo ponto –, é só que não se esforçou minimamente. A sério, o gajo tem piada (foi das melhores partes da cerimónia de ontem, o que não é dizer muito), não há ninguém no mundo que não goste dele (nem há quaisquer razões para isso), a criançada gosta dele e ia ter imenso tempo para se preparar. Afinal, não é como se andasse a fazer música. Se é apelar à juventude que eles querem, sem usar cómicos a sério e gente que sabe realmente o que está a fazer, não vejo melhor solução.

127 Horas

Não é porque o gajo está preso numa fenda durante a maior parte do filme (os gajos conseguem, até certo ponto, dar a volta ao problema de isso ser intrinsecamente aborrecido), não é por causa dos flashbacks e das alucinações foleiríssimas em que o pai dele é o tipo do Everwood (algo que, na minha cabeça, transporta o filme automaticamente para o campo do manhoso), nem é porque os truques e efeitos especiais são irritantes. É mesmo por terem a Lizzy Caplan a fazer de irmã dele e desperdiçarem-na numa mensagem de voice-mail e em duas imagens tenebrosas. O tipo de gente que tem a Lizzy Caplan ao seu dispor e não faz nada com ela é o tipo de gente com o qual não quero ter nada a ver.

Um pensamento assustador

Se a ideia é tornar os Óscares uma cerimónia menos chata e mais apelativa para os jovens, por que raio é que fazem uma cerimónia SEM PIADA? Terá a ver com o facto de a juventude gostar de aberrações sem comic relief como o Twilight? É um bocado triste/assustador pensar num mundo em que as pessoas são treinadas desde pequenas para nunca se rirem.

Vai-te lixar, Bruce Vilanch

Há uns dias, o AV Club publicou uma entrevista com o Bruce Vilanch, um tipo que é pago a peso de ouro para ter um corte de cabelo ridículo e usar t-shirts sem piada mas fazer o ar de quem tem a maior piada do mundo. É também um dos responsáveis pelo que sai da boca dos apresentadores dos Óscares, que este ano foram especialmente terríveis (por razões óbvias, o James Franco terá para sempre um lugar no meu coração). Isto foi o que ele disse sobre o Ricky Gervais a apresentar os Globos de Ouro:

I mean, he never hit funny. Making jokes about The Tourist is just not funny; it’s just kind of mean-spirited and cruel. I think that partially is that he lost his cuddly—he was heavier and befuddled and kind of looked a bit lost [last year], and this year, he came out and he was like a shark. He took his jacket off, and his body’s all worked out, and it’s not a sympathetic character up there. He was just a mean kind of player. Plus, I thought his targets were lame. I mean, Charlie Sheen and how old Bruce Willis is? I mean, this is old stuff. Scientology and who’s gay and who’s not? This is not fresh target material to make jokes about. All you can be is outrageous—you’re not going to be funny. All you’re going to get is a lot of “oooooohhhhh.” And that’s what he got. He got a lot of “oooooohhhhs.”

And yet, a cerimónia sem piada foi a escrita por ele (e até houve direito a bocas ao Charlie Sheen). Vai-te lixar, Bruce Vilanch. E é óbvio que actores nunca mais deviam apresentar os Óscares. Bom esforço, malta, vou continuar a olhar para o Daniel Desario e para a...huh...errr...a sério, não tenho nada contra ela, mas não me consigo lembrar de um único papel dela ou não ser aquele em que ela mostra as mamas e tem Parkinson numa comédia romântica ou aquele em que ela é uma princesa de uma ilha qualquer e neta da Julie Andrews (são coisas que não acontecem todos os dias nos filmes)...vou continuar a olhar para vocês com o mesmo respeito de sempre, mas aborreceram-me de morte. Foi quase tão mau como o Hugh Jackman. Quase.

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Swag

É impressão minha ou isto é incrível? Concordo com o guincho histérico do Mos Def no fim. Loucura.


terça-feira, fevereiro 15, 2011

Swanson

Que me perdoe o Tom Haverford, mas o Ron Swanson (e, por conseguinte, o Duke Silver) faz-me feliz. A sério que faz.

Offerman e Mullaly

Gostava que o Nick Offerman me desse aulas de carpintaria.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Vencer

Quando o Seth Rogen era gordo, não era tão gordo quanto eu era quando era gordo. E quando ele emagreceu, não emagreceu tanto quanto eu. Ele fê-lo por uma razão específica, para fazer o Green Hornet (e para se enrolar com a Aubrey Plaza no Funny People). Eu não, fi-lo porque me apeteceu. Toda a gente, ou pelo menos quem escreveu criticamente sobre ele, odiou o Green Hornet. Eu não. Diverti-me, ri-me e senti-me como uma criança altamente entretida. Era um filme sobre o facto de os americanos terem crescido ricos e mimados e terem óptimas condições mas serem preguiçosos e os chineses, que nunca tiveram nada, terem-se esforçado e treinado para serem melhores que eles em tudo, não era? Dou pontos extra ao split screen à Thomas Crown Affair. Só não gostei de ter pago uma exorbitância para vê-lo, sob condições deploráveis, numa sala terrível, ainda para mais cheia de crianças de 10 anos que pura e simplesmente não se calavam. De certa maneira, senti-me como elas se devem sentir quando vêem o Twilight ou filmes detestáveis do género. Ou seja, contente, mas com a adição de me ter rido, algo que só acontece no Twilight em cenas que eram supostamente sérias (é isso, aliás, que é verdadeiramente detestável nessa saga nojenta: a falta de vontade de fazer rir). O filme foi um sucesso de bilheteira, rendeu algum dinheiro, mas de certa maneira falhou. Eu não. Há que dizer que nunca venci o que quer que fosse na vida. Nada, absolutamente nada. E, mesmo assim, houve, no mundo, quem me tenha considerado um vencedor, o que me levou a dizer, num certo sítio, um chorrilho de parvoíces ridículas (e a esquecer-me de mencionar que tenho saudades de ter mamas e de suar mesmo durante o Inverno). Há sempre uma primeira vez, que também será provavelmente a última. É que posso ter ganho esta etapa, mas acho que o Seth Rogen vai ganhar as outras.