segunda-feira, abril 30, 2007

Best Albino

É capa do Village Voice esta semana, numa reportagem óptima. Victor Varnado é um albino negro comediante. Pérolas como as que se seguem podem ser encontradas aqui.

"I am a black albino, though, ladies. You know what I'm talking about: All the benefits of being black without the disappointed looks from your parents," he continues.

"Race and racism is so arbitrary," he says. "Sometimes people see me and they think I'm 'acting black.' Once, I was in a secondhand clothing store with one of my friends and commenting on the fashion, joking: 'I need baggy pants and long T-shirts—what rappers might wear.' And this white woman came up to me and said: 'I really find what you're saying offensive.' And then I said, 'I'm black,' and she was like, 'OK. It's fine.' Then she walked away."

quinta-feira, abril 26, 2007

Ladies Love Cool R, but do Ladies Love Guitar Hero?

Afinal de contas, isto chama-se "Ladies Love Cool R", portanto, Rob Harvilla no Village Voice sobre se jogar Guitar Hero - há noites em bares com concursos disso - atrai ou não membros do sexo oposto.

sexta-feira, abril 20, 2007

The Trio

Não sei porquê, mas em termos de comédias ou de aparentados, algo me diz que gostarei bastante de três filmes este ano: Grindhouse, Hot Fuzz e Blades of Glory.
O primeiro estreará cá em dupla dose, o que é uma ideia estúpida e não o verei certamente separado, ainda por cima sem os trailers do início. Passei muita da minha infância a saber de cor quase todas as falas de Desperado do Robert Rodriguez e a saber a história toda do Bruce Willis no Pulp Fiction muito antes de ter visto o filme. Claro que, hoje em dia, sei que o mérito está todo no Tarantino e não no Rodriguez, mas não é como se o Rodriguez não fizesse bom entretenimento. Até o raio do Once Upon a Time in Mexico diverte, estava a passar na televisão no outro dia. E o último projecto deles juntos - sem contarmos Sin City, o único filme realmente bom do Rodriguez que vi, em que Tarantino realizou uma cena que eu nem sei qual foi -, From Dusk Til Dawn, é um óptimo filme de zombies e tem o Harvey Keitel a fazer de padre, o que é sempre positivo. Tenho a certeza que vou gostar de ver o Sayid do Lost e o Rico do Six Feet Under a matar o que quer que seja que eles matam no filme, bem como a Rose McGowan com uma perna de metrelhadora, porque é o tipo de coisa de que se gosta.
O que me leva de volta aos zombies. Adorei o Shaun of The Dead, basicamente porque é um filme de zombies tremendamente inteligente e cheio de piada e quando eles atiram discos do Prince aos zombies é das melhores coisas que saíram de Inglaterra nos anos 2000. E não há maneira de o Hot Fuzz não ser bom. É um filme de acção passado numa cidadezinha de Inglaterra com explosões e muita pompa tirada de coisas como a saga do Lethal Weapon e tal. Não pode falhar, e ainda por cima o Edgar Wright faz um dos dois trailers que aparecem antes do Grindhouse como filme e que nunca passará cá em sala. O Simon Pegg é um génio cómico e essas coisas todas.
O Blades of Glory parte da premissa "Let's kick some ice" para juntar Will Ferrell e Jon Heder no primeiro duo masculino de patinagem artística. É a mesma história de sempre dos filmes do Ferrell mas que funciona sempre. As piadas parecem ser inteligentes e fugir a muitos clichés normais quando esperamos que elas sejam previsíveis e não o são no último segundo. Também tem o Will Arnett e a mulher dele, a Amy Poehler, a fazer de irmãos casados.
Não há maneira possível de isto falhar.

sexta-feira, abril 13, 2007

A melhor banda do mundo

A melhor banda do mundo volta para o mês que vem mas já há um vídeo deles a tocar "Hate it Here" ao vivo no loft de Chicago onde gravam os discos e ensaiam e essas coisas todas. Está aqui e soam bem como tudo, como se Nels Cline sempre tivesse feito parte da banda e como se nunca tivessem saído mil membros desde que esta começou. É essa a chave de tudo. Mesmo que este último disco pareça não ter a mãozinha do Jim O'Rourke, tem óptimas canções que seguem quase sempre a estrutura canção normal e depois solo e às vezes canção outra vez. Só que uma "canção normal" é imenso vindo de quem vem, e o Jeff Tweedy nunca deve ter escrito uma realmente má desde que lançou o A.M.. Então é tudo mais ou menos normal, sem grandes artifícios de produção, e depois gloriosos solos. E, de alguma forma, eles conseguem ser bem sucedidos nisso. Parece ser um disco de rompimento de uma relação ou algo parecido, tendo todas as canções a ver com a saída de cena da amada, se é verdade, se não, não quero saber, já ninguém fazia um disco tão bom a partir disso desde o Get Lonely dos Mountain Goats.

quinta-feira, abril 12, 2007

Panda Bera

4Taste e Panda Bear

4Taste, 4Real


E a Joana - que gosta da camisola - diz que aquilo é feito em fábrica. Assusta-me saber que alguém desenhou isso e depois alguém disse "é uma boa ideia, vamos fazer muitas".

domingo, abril 01, 2007

Don't quit your day job!

É o que o Consequence diz. O problema é que ele devia seguir o próprio conselho. Gosto da voz dele, sempre gostei, mas não aguento um álbum inteiro daquilo. As cenas com os A Tribe Called Quest, a nova vida nos dois discos do Kanye West, até aí tudo bem. Há coisas giras em Don't Quit Your Day Job!, mas é uma desilusão porque se torna tudo demasiado enfadonho e igual. É o primeiro disco do Kanye outra vez sem os convidados todos e as outras vozes e as produções magistrais e as canções enormes. Não que não tenha piada aqui e ali, mas, sinceramente, não me apetece.

Português/brasileiro

No AV Club do Onion há uma secção recorrente chamada "Random Rules". Para além de tirar o nome de uma canção óptima dos Silver Jews, tem celebridades a mostrar os conteúdos dos seus I-Pods, partindo do princípio básico de que toda a gente famosa tem um. Entre outras coisas, descobre-se que o Paul Rudd, que já foi um tipo irritante nos anos 90 e agora tem andado metido com a pandilha toda do Judd Apatow e essa gente que faz comédias divertidas e assim, é fã de Neutral Milk Hotel. E muitas outras coisas. Mas numa edição com o guitarrista dos Explosions in the Sky, surge isto:

Chico Buarque, "Acalanto"

MR: I want to say he's from Brazil, but he might be from Portugal. I'm just a sucker for melody in any respect. There's no one particular genre of music that I'm listening to, so whenever I hear something, even if it's in a foreign language, and it's got that hook, I'm looking for it. We played a few shows in Portugal a couple years ago, and whoever was driving us around in the car was playing Chico Buarque's record, and I'm like, "Who is this?" It was our friend Rodrigo, who's in the Spanish band Migala. When I voiced an interest in it, just out of the kindness of his heart, he gave me the record.


É a primeira vez que vejo isto acontecer. Interessante. E a melhor coisa de 2007 é a coluna semanal do Rob Corddry no Suicide Girls (e eu que pensava que aquilo servia outros propósitos).