Não há ninguém que falte a uma aula em Superbad. Mas a horrível, ignorante, estúpida e altamente injusta tradução trouxe-lhe o nome Super-Baldas e uma campanha publicitária das piores de sempre. "Vais às aulas ou vais-te baldar?" é a frase-chave. Frase essa que não tem nada a ver com o filme em questão. No processo da preparação do lançamento do filme em Portugal esqueceram-se de vê-lo, o que é uma coisa importante.
Superbad é um filme de adolescentes dos anos 80 feito em 2007, co-escrito por uma das maiores vozes cómicas do mundo, o incomparável Seth Rogen do incrivelmente bom e genial Knocked Up e produzido pelo brilhante Judd Apatow, que pratica o bem desde que começou a produzir uma das melhores séries de sempre, Freaks & Geeks. Num mundo pós-American Pie ainda não havia nada assim. O Jonah Hill é um tipo cheio de piada e o Michael Cera já desde o Arrested Development que merece o mundo. Ambos têm personalidades cómicas bem definidas que se traduzem bem neste filme, ao que ajuda a constante improvisação e etc. Não é um Knocked Up (filme do ano), mas é muito bom. Tem todos os ingredientes de uma comédia clássica: elementos de culto como o nome que o maior nerd de serviço escolhe para o seu bilhete de identidade falso, McLovin, peripécias, bebidas, drogas, polícias a reviver a adolescência, bullies com cortes de cabelo ridículos que de alguma forma gozam com alguém que não se lembram da simples frase "olha-te ao espelho, palhaço." É um filme, como todos os outros ligados ao Apatow (e como as suas séries), sobre crescer. E acaba por ser bonito como o resto.
Mal vendido em Portugal, vai ser um fracasso de bilheteira. Se 100 pessoas o virem cá, é muito. É vendido como algo que não é, e esta gente toda é por cá injustiçada apesar de fazer bons filmes e a melhor comédia. A culpa não é do filme, que é óptimo (boas personagens, boas piadas, boa história de amor e boa gestão da parte sentimental, excelente banda-sonora), é de quem o trouxe para cá e se esqueceu de vê-lo.
Superbad é um filme de adolescentes dos anos 80 feito em 2007, co-escrito por uma das maiores vozes cómicas do mundo, o incomparável Seth Rogen do incrivelmente bom e genial Knocked Up e produzido pelo brilhante Judd Apatow, que pratica o bem desde que começou a produzir uma das melhores séries de sempre, Freaks & Geeks. Num mundo pós-American Pie ainda não havia nada assim. O Jonah Hill é um tipo cheio de piada e o Michael Cera já desde o Arrested Development que merece o mundo. Ambos têm personalidades cómicas bem definidas que se traduzem bem neste filme, ao que ajuda a constante improvisação e etc. Não é um Knocked Up (filme do ano), mas é muito bom. Tem todos os ingredientes de uma comédia clássica: elementos de culto como o nome que o maior nerd de serviço escolhe para o seu bilhete de identidade falso, McLovin, peripécias, bebidas, drogas, polícias a reviver a adolescência, bullies com cortes de cabelo ridículos que de alguma forma gozam com alguém que não se lembram da simples frase "olha-te ao espelho, palhaço." É um filme, como todos os outros ligados ao Apatow (e como as suas séries), sobre crescer. E acaba por ser bonito como o resto.
Mal vendido em Portugal, vai ser um fracasso de bilheteira. Se 100 pessoas o virem cá, é muito. É vendido como algo que não é, e esta gente toda é por cá injustiçada apesar de fazer bons filmes e a melhor comédia. A culpa não é do filme, que é óptimo (boas personagens, boas piadas, boa história de amor e boa gestão da parte sentimental, excelente banda-sonora), é de quem o trouxe para cá e se esqueceu de vê-lo.